Gerador
de fusão nuclear a frio é aprovado por cientistas
O físico
italiano e inventor, Andrea Rossi, conduziu uma demonstração pública da sua máquina
de “fusão a frio”, a E-Cat, na Universidade de Bologna, mostrando que uma
pequena quantidade de energia introduzida provoca uma reação não explicada
entre átomos de hidrogênio e níquel, que libera uma quantidade grande de
energia, superior a dez vezes a quantidade colocada.
A primeira
experiência de fusão a frio foi divulgada duas décadas atrás, mas o processo
foi sempre visto com ceticismo. É aparentemente impossível dois tipos de
átomos, geralmente um elemento mais leve e um metal pesado, se fundirem,
liberando calor puro que pode ser convertido em eletricidade. O processo é
atraente por duas razões: diferente da fissão nuclear, não há radiação
liberada; e ao contrário dos processos de fusão que acontecem no sol, a forma
fria não exige temperaturas extremas.
Mas os
pesquisadores que supostamente demonstraram a fusão a frio no passado não foram
capazes de explicar o mecanismo fundamental que fabrica a reação. Por isso, a
comunidade científica tem virado as costas para esse tipo de pesquisa. A
maioria dos físicos – assim como o Departamento Americano de Energia (DoE),
jornais acadêmicos e Escritório de Patentes Americano – consideram falsas as
máquinas de fusão a frio, já que as leis da física anulam a possibilidade de
fusão nuclear a temperatura ambiente.
Rossi e o
físico Sergio demonstraram com sucesso o funcionamento da E-Cat em abril, para
um grupo de físicos suecos. Os devotos da fusão a frio acreditam que há pouco
entendimento do processo físico que acontece nessas máquinas, que produzem
energia segura, limpa e renovável.
Os físicos
convidados para a demonstração em abril deram sinal verde para o E-Cat. Ela
produziu calor demais para ser apenas da reação química. Eles escreveram que “a
única explicação é que há algum processo nuclear que aumenta a produção de
energia”.
Nos meses
seguintes, Rossi construiu uma versão maior do dispositivo, que combina módulos
de fusão menores. Na demonstração em outubro, após colocar 400 watts em cada
módulo, cada um gerou uma produção continua de 10 quilowatts (470 KW juntos)
por quase quatro horas.
Rossi não
publicou nenhum trabalho explicando os detalhes do funcionamento interno do
E-Cat, pois ele não possui patente. Mas outros pesquisadores têm teorias sobre
o funcionamento do processo. Peter Hagelstein, um professor de engenharia
elétrica e ciências da computação, e um dos maiores defensores da fusão a frio,
pensa que o processo talvez envolva energia vibracional no entrelaçado do
metal, levando a mudanças nucleares que terminam em fusão.
“Não há
informação confiável suficiente sobre o E-Cat para uma opinião racional,
ainda”, afirma Hagelstein. “Mas, devido aos experimentos, eu acredito que Rossi
deveria ser levado a sério até que seja comprovado ou refutado”.
Rossi criou
uma companhia, Leonardo Corp., que irá produzir e – ele espera – vender E-Cats.
Até lá, Hagelstein e outros pesquisadores da fusão a frio desejam que a
conservadora comunidade científica dê uma olhada melhor em máquinas como a
E-Cat.[LiveScience]
fonte:http://hypescience.com/maquina-italiana-de-fusao-a-frio-passa-outro-teste/
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