O
Apocalipse? Bóson de Higgs prevê uma catástrofe no Universo
A chamada
Partícula de Deus (ou Partícula Deus) foi um assunto de grande polêmica ano
passado.
Em Genebra,
foi montado o LHC - Large Hadron Collider (Grande Colisor de Hádrons), onde foi
possível mostrar sua “existência” através de experimentos.
O bóson de
Higgs é uma manifestação de um campo de energia,
que permeia o Universo, chamado de campo de Higgs, que explicaria por que as
partículas possuem massa. O LHC foi construído para provar, com a descoberta
dessa partícula, que esse campo existe. Para confirmar que essa partícula
descoberta no LHC realmente é o bóson de Higgs, ainda são necessários mais
dados, mas muitos cientistas estão apostando na descoberta.
O bóson ajuda a explicar a existência de massa no cosmos. Em outras palavras,
sustenta o funcionamento de toda a matéria que vemos ao nosso redor. A massa
dessa partícula descoberta é um ingrediente-chave em um cálculo que prenuncia o futuro do
espaço e do tempo.
Durante a
reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência,
o físico teórico Joseph Lykken, do Fermi National Accelerator Laboratory
alertou que "Este cálculo diz que daqui a muitas dezenas de milhares de
milhões de anos haverá uma catástrofe".
Lykken é
colaborador em um dos experimentos do LHC e diz que "Pode ser que o
Universo em que vivemos seja inerentemente instável, e, em algum momento, daqui
a alguns bilhões de anos tudo será dizimado".
Joseph I.
Kroll, físico da University of Pennsylvania, que também trabalha no LHC diz que
a descoberta da partícula é impressionante. "Para mim, o Higgs era uma
espécie de, ‘talvez esteja lá’, talvez não. O fato de que está lá é realmente
uma tremenda realização",
diz Kroll.
Se
essa partícula que foi encontrada, realmente é o Higgs, não só confirma a
teoria sobre como as partículas obtêm massa, mas permite que os cientistas
façam novos cálculos que, antes de conhecer as propriedades da partícula, não
eram possíveis.
Por exemplo,
a massa dessa nova partícula é de cerca de 126 bilhões de elétron-volts, cerca
de 126 vezes a massa do próton. Se essa partícula for o Higgs, sua massa é só o
que precisa para fazer com que o Universo seja fundamentalmente instável, de maneira
que faria com que tudo se acabasse em uma catástrofe, num futuro distante.
Isso por que
se imagina que o campo de Higgs está em toda a parte e, então, afeta o vácuo do
espaço-tempo do Universo.
Físico da
Ohio State University, Christopher Hill explica que "A massa do Higgs é
relacionado à forma como o vácuo é estável", e que esse valor está
exatamente na linha crítica do cálculo. “Isso poderia ser um coincidência
cósmica, ou pode ser que haja um pouco de Física que está causando isso. Isso é
algo novo, que não sabíamos antes”. Segundo os cientistas, se a massa da
partícula de Higgs, encontrada no LHC, fosse uma pequena porcentagem diferente,
o Universo não estaria condenado.
Lykken
consola a humanidade dizendo que, se o Universo realmente será dizimado,
"você não vai vê-lo, porque ele vai chegar até você na velocidade da
luz".
Para
confirmar a massa dessa partícula, o LHC foi desligado para reparos e será
ligado novamente em 2015. Em explicação o Dr. Howard Gordon, do Brookhaven
National Laboratory e membro do Atlas Collaboration, diz que “O LHC será
desligado por dois anos para fazer alguns consertos, corrigir as emendas entre
os ímãs e para fazer a manutenção e outras coisas.
Então, quando começar a correr em 2015, estaremos em uma energia mais elevada, o que significa que nós obteremos mais dados sobre a Higgs e outras partículas para abrir uma maior janela de oportunidade para a descoberta. Mas, para pontuar todos os 'is', vai demorar mais alguns anos".
Então, quando começar a correr em 2015, estaremos em uma energia mais elevada, o que significa que nós obteremos mais dados sobre a Higgs e outras partículas para abrir uma maior janela de oportunidade para a descoberta. Mas, para pontuar todos os 'is', vai demorar mais alguns anos".
Se o cálculo
da instabilidade do vácuo se destacar, vai trazer à tona a velha ideia de que o
Big-Bang nada mais é que um evento cíclico permanente, e "Eu acho que a
ideia vai ganhando mais e mais força", disse Lykken para a BBC News.
Fonte: http://www.jornalciencia.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário