Será que
a Terra vai ser atingida por um asteroide ?
Mal a
humanidade se recuperou da ameaça do fim do mundo, logo surgiu um novo
motivo de inquietação: em 15 de fevereiro de 2013, às 19.25 horas GMT, o
asteroide 2012 DA14 se aproximará do nosso planeta.
Segundo
cálculos de cientistas, a distância entre a Terra e esse corpo celeste
constituirá menos de 30.000 quilômetros, quer dizer, será inferior às altitudes
em que orbitam os satélites geoestacionários.
O asteroide
tem uns 50 metros de diâmetro e pesa cerca de 130.000 toneladas. Serguei
Barabanov, diretor do observatório de Zvenigorod, pertencente ao Instituto de
Astronomia da Academia das Ciências da Rússia, entrevistado pela Voz da Rússia,
esclareceu que todos os anos aparecem vários asteroides similares nas
proximidades de nosso planeta:
"Existem
bastantes objetos que podem voar perto da Terra e mesmo colidir com ela. A
queda de asteroides de um metro na Terra é uma ocorrência assaz comum. Em 2008,
um asteroide de tamanho similar caiu na Terra e não aconteceu nada
extraordinário, pois ele se desintegrou. Os cientistas encontraram seus
estilhaços. Desta vez, lidamos com um asteroide um pouco maior, mas as
estimativas em relação a sua órbita e parâmetros físicos, em particular, o
diâmetro, são muito pouco exatas. Acho que não se pode dizer que ele representa
um perigo real ao aproximar-se da Terra em 2013".
Atualmente,
segundo o cientista, a atenção dos astrônomos russos está centrada em outro
objeto espacial perigoso – o asteroide Apophis. Em 2029, ele passará a uma
distância de 36.000 quilômetros da superfície da Terra mas, sete anos mais
tarde, a distância se reduzirá até alguns milhares de quilômetros. Contudo,
isso também não representa ameaça de catástrofe para o nosso planeta,
assevera-nos o especialista:
"Uma
distância perigosa para a Terra são as camadas superiores da atmosfera. Se o
asteroide passar a uma altitude mesmo um pouco maior, digamos, a 300 ou 400
quilômetros da superfície da Terra, não vai suceder nada preocupante".
Os
asteroides "pertencem a famílias", ou seja, fazem parte deste ou
daquele grupo de corpos celestes. Agora, o asteroide 2012 DA14 é membro do
grupo Apolo. O "rendez-vous" com o nosso planeta pode mudar a órbita
do asteroide, reduzindo o chamado semi-eixo maior, o que implicará a passagem
do 2012 DA14 para uma outra classe de planetas menores, o grupo Aton. O
conhecido astrônomo russo Leonid Elenin é autor de cálculos a partir dos quais
é estabelecida a trajetória provável do asteroide:
"Pode-se
constatar que o grupo de Aton é pouco numeroso e difícil de detetar porque os
asteroides que o integram são, por excelência, inacessíveis para observações a
partir da Terra. No que diz respeito à órbita e às propriedades físicas, o 2012
DA14 permanecerá o mesmo. Ele vai aproximar-se da Terra de igual modo e será
necessário vigiá-lo para prognosticar sua trajetória seguinte. Essa é a única
dificuldade. Por isso pode-se dizer que vai ser um pouco mais perigoso".
Segundo
cientistas, para elaborar um prognóstico definitivo, serão indispensáveis
observações cuidadosas e cálculos mais exatos da órbita do asteroide.
Entretanto, os especialistas estão otimistas: nos próximos anos, não se preveem
colisões com este asteroide, isto caso os seus cálculos aproximados estiverem
certos.
Fonte:
http://portuguese.ruvr.ru/2013_02_02/Seria-que-o-asteroide-vai-atingir-a-terra/
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