sábado, 16 de fevereiro de 2013

Jovens cientistas russos descobrem nova teoria física


Jovens cientistas russos descobrem nova teoria física




© SXC.hu
O descobrimento de uma nova teoria física, que negará pontos de vista tradicionais, figura nos planos de Fiodor Ignatov e Korneli Todyshev, contemplados com o Prêmio Presidencial Anual para jovens físicos, que partilharam em entrevista exclusiva à Voz da Rússia detalhes e perspectivas de seu descobrimento futuro.
Os dois cientistas efetuavam experiências em um acelerador de partículas num laboratório do Instituto de Física Nuclear na cidade de Novossibirsk. Um colisor análogo de maiores dimensões encontra-se na Suíça. Em resultado de numerosas experiências, foi possível não apenas obter novas partículas pesadas, os chamados hadrões, mas também estudá-las com uma precisão extraordinária. O problema consiste em que tais partículas aparecem só em condições especiais e desaparecem quase imediatamente. O decorrer e os objetivos da pesquisa foram referidos pelo ganhador do Prêmio Presidencial, Fiodor Ignatov:
“Nas nossas experiências, colidem um eletrão e um positrão, dando origem a novas partículas. Estudávamos a probabilidade de nascimento destas partículas e conseguimos medi-la com uma precisão garantida por aparelhos. As seções que conseguimos medir foram utilizadas para predizer a massa do bosão de Higgs. Ultimamente, os físicos procuram desvios em relação ao Modelo Padrão. Estudamos parâmetros e comparamos teorias. Se aparecerem quaisquer desvios, significará que a nossa física teórica não é justa e paralelamente existe uma nova física.”
Ao mesmo tempo, o principal resultado alcançado por cientistas de Novossibirsk foi nomeadamente a medição exata da massa de hadrões. Estes dados serão no futuro uma base de novas tecnologias, afirma Korneli Todyshev, colaborador científico de 35 anos do Instituto de Física Nuclear G.I.Budker e laureado com o Prêmio Presidencial:
“As partículas nascidas no nosso acelerador têm um encanto dissimulado. Conseguimos medir a sua massa com uma precisão que ultrapassa todas as medições realizadas em outros laboratórios. Nenhumas medições fundamentais podem ser utilizadas imediatamente na vida. Mas no processo de obtenção destes resultados são criadas novas tecnologias que se aplicam na indústria, na medicina. No nosso instituto foram desenvolvidos mais de 200 aceleradores industriais e instalações médicas, por exemplo, aparelhos de raios X em microdoses que podem ser encontrados em clínicas e até aeroportos do mundo. Tudo isso torna mais confortável e segura a vida humana.”
Cada pesquisador publicou dezenas de obras científicas. Apesar da idade dos jovens, eles são considerados uns dos melhores físicos do mundo. Fiodor Ignatov participa atualmente num estudo de desintegrações raras de múons (Suiça) e Korneli Todyshev – na colaboração internacional de estudo da física dos mésons B (Estados Unidos).

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