Jovens cientistas
russos descobrem nova teoria física
|
© SXC.hu
|
O
descobrimento de uma nova teoria física, que negará pontos de vista
tradicionais, figura nos planos de Fiodor Ignatov e Korneli Todyshev,
contemplados com o Prêmio Presidencial Anual para jovens físicos, que
partilharam em entrevista exclusiva à Voz da Rússia detalhes e perspectivas de
seu descobrimento futuro.
Os dois
cientistas efetuavam experiências em um acelerador de partículas num
laboratório do Instituto de Física Nuclear na cidade de Novossibirsk. Um
colisor análogo de maiores dimensões encontra-se na Suíça. Em resultado de
numerosas experiências, foi possível não apenas obter novas partículas pesadas,
os chamados hadrões, mas também estudá-las com uma precisão extraordinária. O
problema consiste em que tais partículas aparecem só em condições especiais e
desaparecem quase imediatamente. O decorrer e os objetivos da pesquisa foram
referidos pelo ganhador do Prêmio Presidencial, Fiodor Ignatov:
“Nas nossas
experiências, colidem um eletrão e um positrão, dando origem a novas
partículas. Estudávamos a probabilidade de nascimento destas partículas e
conseguimos medi-la com uma precisão garantida por aparelhos. As seções que
conseguimos medir foram utilizadas para predizer a massa do bosão de Higgs.
Ultimamente, os físicos procuram desvios em relação ao Modelo Padrão. Estudamos
parâmetros e comparamos teorias. Se aparecerem quaisquer desvios, significará
que a nossa física teórica não é justa e paralelamente existe uma nova física.”
Ao mesmo
tempo, o principal resultado alcançado por cientistas de Novossibirsk foi
nomeadamente a medição exata da massa de hadrões. Estes dados serão no futuro
uma base de novas tecnologias, afirma Korneli Todyshev, colaborador científico
de 35 anos do Instituto de Física Nuclear G.I.Budker e laureado com o Prêmio
Presidencial:
“As
partículas nascidas no nosso acelerador têm um encanto dissimulado. Conseguimos
medir a sua massa com uma precisão que ultrapassa todas as medições realizadas
em outros laboratórios. Nenhumas medições fundamentais podem ser utilizadas
imediatamente na vida. Mas no processo de obtenção destes resultados são
criadas novas tecnologias que se aplicam na indústria, na medicina. No nosso
instituto foram desenvolvidos mais de 200 aceleradores industriais e
instalações médicas, por exemplo, aparelhos de raios X em microdoses que podem
ser encontrados em clínicas e até aeroportos do mundo. Tudo isso torna mais
confortável e segura a vida humana.”
Cada
pesquisador publicou dezenas de obras científicas. Apesar da idade dos jovens,
eles são considerados uns dos melhores físicos do mundo. Fiodor Ignatov
participa atualmente num estudo de desintegrações raras de múons (Suiça) e
Korneli Todyshev – na colaboração internacional de estudo da física dos mésons
B (Estados Unidos).

Nenhum comentário:
Postar um comentário