PLUTÔNIO
PODE ALIMENTAR MISSÕES ESPACIAIS DISTANTES
O futuro
parece ser brilhante para missões espaciais nos cantos escuros do sistema
solar. Isso porque as naves espaciais podem não precisar mais de energia solar
para funcionar, e sim de plutônio.
Alguns
destinos, como o sistema solar exterior ou regiões polares de Marte, recebem
pouca luz solar, ou luz insuficiente para ambiciosas missões que utilizam
painéis solares. Em vez disso, o calor do decaimento do isótopo radioativo
plutônio-238 pode gerar eletricidade e alimentar a nave.
Infelizmente,
os estoques do material estão se esgotando. Os EUA pararam de produzir o
isótopo – que era subproduto de programas de armas nucleares em tempos de
guerra – em 1988. Seus estoques remanescentes foram estimados em apenas 16,8
kg.
“Sem um
reinício da produção de plutônio-238, será impossível para os Estados Unidos ou
qualquer outra nação realizar certos importantes tipos de missões planetárias
após essa década”, concluiu uma pesquisa em 2011.
Novo começo
Agora, os
EUA realizaram os primeiros passos para o reinício da produção de plutônio-238.
Algumas gramas do isótopo foram criadas em testes no laboratório Oak Ridge, no
Tennessee. Os resultados sugerem que 1,5 kg podem ser produzidos em cada
laboratório por ano, o que pode alcançar várias metas da NASA, mas não todas.
Nos testes
dentro de um reator em Oak Ridge, nêutrons foram disparados contra um alvo de
alumínio preenchido com neptúnio-237. Depois, o plutônio-238 resultante
foi quimicamente separado do neptúnio, que foi depois reutilizado.
Os físicos
estão trabalhando para otimizar esse processo, visando aproveitar ao máximo
cada recurso utilizado, já que o custo de produção é alto. Eles calculam que o
laboratório poderá produzir 1,5 kg do isótopo por laboratório a partir de 2017.
[NewScientist]
http://misteriosdomundo.com/plutonio-pode-alimentar-missoes-espaciais-distantes
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