Restos de
um tipo de humano desconhecido foram encontrados na Sibéria
Cientistas
descobriram um novo tipo de humano, chamados Denisovans, em cavernas da
Sibéria. Os ossos encontrados sugerem que eles co-existiram e cruzaram com a
nossa própria espécie.
Um grupo
internacional de pesquisadores sequenciou um genoma completo de um dos antigos
hominídeos (criaturas com aparência humana), com base no DNA nuclear extraído
de um osso de dedo.
Segundo os
pesquisadores, isso fornece a confirmação de que havia pelo menos quatro tipos
distintos de existência humana quando os humanos anatomicamente modernos (Homo
sapiens) deixaram sua terra natal africana pela primeira vez.
Junto com os
humanos modernos, os cientistas sabiam dos Neandertais e de uma espécie humana
anã encontrada na ilha indonésia de Flores, apelidada de “hobbit”. A esta
lista, os especialistas devem agora adicionar os Denisovans.
Há também
evidências de que esse novo grupo era difundido na Eurásia. Eles devem ter
co-existido com os Neandertais e cruzado com a nossa espécie, talvez por volta
de 50.000 anos atrás.
Através da
análise dos DNAs de ossos encontrados na caverna Denisova, no sul da Sibéria,
os cientistas concluíram que os indivíduos pertenciam a um grupo geneticamente
distinto de seres humanos, com parentesco distante dos Neandertais, e ainda
mais distante de nós.
A descoberta
acrescenta mais peso à teoria de que um tipo diferente de humano poderia ter
existido na Eurásia, ao mesmo tempo em que a nossa espécie.
Antes, os
pesquisadores tinham uma evidência fóssil para apoiar este ponto de vista, mas
agora eles têm algumas provas concretas do estudo genético realizado. Ou seja,
com bastante certeza uma espécie de vida humana adiantada evoluiu na Europa.
O estudo
mostra que os Denisovans cruzaram com os ancestrais dos povos atuais da região
norte da Melanésia e nordeste da Austrália. O DNA melanésio compreende entre 4%
e 6% do DNA Denisovan.
O fato de
que os genes Denisovan acabaram tão ao sul sugere que eles foram generalizados
em toda a Eurásia; eles devem ter se espalhado por milhares e milhares de
quilômetros.
Um mistério
é por que os genes são únicos em melanésios modernos, e não são encontrados em
outros grupos da Eurásia até agora amostrados. A teoria dos pesquisadores é que
eles tiveram apenas um encontro fugaz como os seres humanos modernos, enquanto
migravam através do sudeste da Ásia e, em seguida, na Melanésia.
Segundo os
cientistas, apenas 50 Denisovans cruzando com mil seres humanos modernos seria
suficiente para produzir 5% de genes arcaicos transferidos. Portanto, o impacto
pode existir, mas o número de eventos pode ter sido muito pequeno e bastante
raro.
Ninguém sabe
quando ou como esses seres humanos desapareceram, mas, segundo os
pesquisadores, provavelmente tem algo a ver com os povos modernos, pois todos
os seres humanos”arcaicos”, como os Neandertais, desapareceram algum tempo
depois do Homo sapiens sapiens aparecer na cena. [BBC]
http://hypescience.com/restos-de-um-tipo-de-humano-desconhecido-foram-encontrados-na-siberia/
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