Cofre do
fim do mundo já passou das 740 mil amostras
Nessa
semana, está agendado para o cofre do fim do mundo receber quase 25 mil
amostras de sementes do mundo inteiro, incluindo grãos que crescem nas
montanhas mais altas do mundo e uma planta cujo caule vai na bebida equatoriana
do “Dia dos Mortos”.
Com essas
adições, o cofre, que já tem quatro anos, e era antigamente conhecido como
cofre global Svaldbard de sementes, atingiu um número de amostras maior do 740
mil. Em 2010, o
número era de 500 mil.
“Nossa
diversidade vegetal está constantemente ameaçada, por danos com incêndios,
interesses políticos, guerras e tornados, até coisas mais mundanas, como falha
de sistemas de refrigeração e cortes de orçamento. Mas essas sementes são o
futuro de nossa fonte de alimentos, já que carregam tesouros genéticos como a
resistência ao calor, tolerância a pestes e doenças”, afirma Cary Fowler,
diretor de uma das entidades responsáveis pelo cofre.
A ideia do
cofre é funcionar como um arquivo de sementes do mundo; como exemplo de
possíveis acidentes, um incêndio em janeiro destruiu variedades únicas de bananas,
batatas doces e outras frutas que estavam sendo duplicadas em um laboratório
das Filipinas.
Entre as
amostras que para chegar ao cofre, estão:
- Grãos das montanhas Pamir, no
Tajiquistão, incluindo trigo que cresce em uma grande variedade de
altitudes, em verões quentes, e em invernos frios e secos. Diversidade
como essa é importante para o desenvolvimento de um trigo resistente a
pragas.
- Uma variedade de trigo conhecida
como Norin-10, que é fonte de genes que tornaram o trigo moderno mais
forte, com caules resistentes que suportam mais grãos.
- Amarante coletado de uma fazenda
familiar do Equador, em 1979. As sementes de amarante eram usadas pelos
incas e astecas, e seu caule ainda oferece um pigmento vermelho usado para
a “colada morada”, bebida usada no “Dia do Mortos” do Equador.
- Várias subespécies de cevada,
importadas da Polônia pelos Estados Unidos. Elas deram origem a várias
variações modernas, incluindo uma conhecida como “Klages”, popular entre
os fabricantes de cerveja.
O cofre, que
foi oficialmente aberto em 26 de fevereiro de 2008, está na montanha
Platåberget, perto de Slavadbard, um grupo de ilhas ao norte da Noruega.
O gelo
ártico oferece um congelamento natural para as sementes, enquanto um
resfriamento adicional mantém a temperatura em menos 18 graus Celsius. O cofre
tem a capacidade de armazenar 4,5 milhões de amostras – e cada uma contém cerca
de 500 sementes, o que gera um total possível de 2,25 bilhões de sementes. [MSN, Foto]
http://hypescience.com/cofre-do-fim-do-mundo-ja-passou-das-740-mil-amostras/
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