Os robôs
um dia poderão acabar com os humanos?
Anos atrás,
poderia parecer absurdo se alguém sugerisse que as máquinas iriam nos superar.
Hoje, depois de vários filmes e séries nos mostrando as inúmeras possibilidades
de dominação tecnológica, aprendemos a respeitar e temer uma revolução
robótica.
Dado o atual
ritmo de desenvolvimento tecnológico, um “robôcalipse” parece mais profético ou
possível a você?
Enquanto
muitos pesquisadores da área de ciência da computação discordam sobre a estrada
que as máquinas percorrerão, eles dizem que a nossa relação com elas
provavelmente será harmoniosa, não assassina (graças
a Deus).
No entanto,
há uma série de cenários que poderiam levar a uma situação na qual esses seres
não biológicos teriam o objetivo de nos exterminar.
“Já existe
tecnologia para construir um sistema que poderia destruir todo o mundo,
intencionalmente ou não, se detectasse as condições adequadas”, disse Shlomo
Zilberstein, professor de ciência da computação na Universidade de
Massachusetts.
Vamos primeiro considerar o ponto de vista otimista: que as máquinas sempre atuarão como nossos servos, e não o contrário.
Vamos primeiro considerar o ponto de vista otimista: que as máquinas sempre atuarão como nossos servos, e não o contrário.
Para que
isso aconteça, “uma abordagem é não desenvolver sistemas que podem ser tão
perigosos que podem sair fora de controle”, disse Zilberstein.
Algo como
Skynet – a rede de defesa computadorizada de “O Exterminador do Futuro”, que
decide acabar com a humanidade, já é possível. Então, por que um sistema deste
tipo ainda não foi construído?
Porque
nações com armas nucleares, como os Estados Unidos, não gostariam de dar a
responsabilidade de lançar ogivas para um computador. “E se ocorre um erro no
sistema? Ninguém vai correr esse risco”, disse Zilberstein.
Em menor
escala, no entanto, um elevado grau de autonomia foi concedido a algumas
máquinas. “O número de sistemas robóticos que pode realmente puxar o gatilho de
forma autônoma já está crescendo”, disse Zilberstein.
Ainda assim,
um operador humano controla os sistemas e tem a palavra final se deve continuar
ou não com um ataque com mísseis. Isso certamente não é o caso do Skynet, que,
nos filmes, tem total controle do arsenal nuclear dos Estados Unidos.
Em “O
Exterminador do Futuro”, os militares criam o programa com o objetivo de
reduzir o erro humano e a lentidão de resposta em caso de um ataque contra os
EUA. Quando os controladores humanos percebem o perigo representado por Skynet,
tentam desligá-lo. A rede interpreta este ato como uma ameaça à sua existência,
e, a fim de combater seu inimigo, Skynet lança um ataque à Rússia, provocando
uma retaliação. Bilhões morrem em um holocausto nuclear. Skynet, em seguida,
passa a construir fábricas que criam exércitos de robôs para eliminar o
restante da humanidade.
Em um
cenário da vida real, Zilberstein pensa que alguns guardas impediriam um
sistema autônomo de ameaçar mais pessoas do que ele é projetado para fazer, no
controle das fronteiras do país, por exemplo.
Além disso,
sistemas poderiam ser programados com a capacidade de fazer grandes decisões
estratégicas da maneira que Skynet faz, mas limitadas.
“Todos os
sistemas que estamos propensos a construir no futuro próximo terão habilidades
específicas”, disse Zilberstein. “Eles serão capazes de monitorar a região e
talvez atirar, mas não irão substituir os humanos”.
Robôs
superiores ao nosso alcance
Michael Dyer, um cientista da computação da Universidade da Califórnia, é menos otimista. Ele acha que “os seres humanos acabarão sendo substituídos por máquinas” e que essa transformação pode não ser pacífica.
Michael Dyer, um cientista da computação da Universidade da Califórnia, é menos otimista. Ele acha que “os seres humanos acabarão sendo substituídos por máquinas” e que essa transformação pode não ser pacífica.
O progresso
contínuo na pesquisa de inteligência artificial vai levar a máquinas tão
inteligentes quanto nós nos próximos cem anos, Dyer prevê. “Civilizações
avançadas chegarão a um ponto de inteligência suficiente para compreender como
seu cérebro é feito, e então construirão versões sintéticas de si mesmas”, diz.
Isso poderia
vir de tentativas de estabelecer nossa própria imortalidade – e essa
oportunidade pode ser demais para a humanidade resistir. Talvez a transformação
da biologia para a tecnologia será relativamente calma. Ou não.
Por exemplo,
Dyer sugere uma nova corrida armamentista do sistema robótico poderia resultar
em um lado saindo fora de controle. “No caso de guerra, por definição, o lado
inimigo não tem controle dos robôs que estão tentando matá-los”, disse Dyer.
Como Skynet, os manufaturados podem se voltar contra os fabricantes.
Ou uma
situação de super dependência de robôs também pode sair de controle. Supondo
que uma fábrica que fabrica robôs e não segue comandos humanos recebe uma ordem
para desligar para a fábrica. Mas, infelizmente, os robôs se recusam. Assim, um
comando é emitido pelos seres humanos para parar os caminhões de entrega de
materiais necessários para a fábrica, mas os motoristas são robôs, e também se
recusam. E assim por diante.
Em geral, um
pouco de sabedoria impediria a humanidade de cair nas armadilhas inventadas por
roteiristas de Hollywood. Mas a motivação do lucro às empresas certamente gerou
mais automação, e a racionalidade não ganha sempre.
“Cenários
apocalípticos são muito fáceis de se criar, e eu não descartaria esse tipo de
possibilidade”, diz Zilberstein. “Mas eu não estou, pessoalmente, preocupado”.
E você? Está?[LiveScience]
http://hypescience.com/os-robos-um-dia-poderao-acabar-com-os-humanos/
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