Nova
evidência encontrada em lua de Júpiter aumenta potencial para a existência de
vida
E lá vamos nós novamente com a especulação de que possa haver vida em Europa, uma das luas de Júpiter.
Baseados em
novas evidências encontradas na lua Europa, astronomos chegaram à hipótese de
que sais de cloreto borbulham para fora do gelo, vindos do oceano líquido
global daquela lua, alcançado sua superfície gelada.
O astrônomo
Mike Brown, do Instituto de Tecnologia Califórnia (Caltech), conhecido como o
‘matador de Plutão’ por ter descoberto um objeto no Cinturão de Kuiper, o qual
levou ao rebaixamento de Plutão da posição de planeta, e Kevin Hand, do
Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA, encontraram a mais forte
evidência já encontrada de que água salgada do vasto oceano líquido sob o
exterior gelado de Europa, na verdade chega até a superfície.
Hand
enfatiza que, do ponto de vista da astrobiologia, Europa é considerada como um
alvo primário na procura por vida além da Terra. “Se há algo que aprendemos
sobre a vida na Terra, é que onde há água no estado líquido, geralmente há
vida. E é claro, nosso oceano é um oceano salgado. Talvez o oceano
salgado de Europa também seja um lugar maravilhoso para a vida“, diz Hand.
“Agora
temos evidência de que o oceano de Europa não está isolado — que o oceano e a
superfície se conversam e fazem troca de químicos. Isso significa que
energia pode estar entrando para dentro do oceano, o que é importante em termos
de possibilidades para a vida por lá. Isso também significa que se você
quiser saber o que há no oceano, você pode simplesmente ir até a superfície e
raspar um pouco dele“, diz Brown
A
descoberta, baseada em alguns dos primeiros dados deste tipo desde a missão
Galielo da NASA em 1989, para estudar Júpiter e suas luas, sugere que há um
intercâmbio entre o oceano e a superfície daquela lua. “O gelo da
superfície está nos fornecendo uma janela para oceano potencialmente habitável
abaixo“, diz Hand.
Os
cientistas acham que o oceano de Europa tem 100 quilômetros de profundidade e
cobre todo o globo. Europa permanece travada em relação a Júpiter, com o
mesmo hemisfério sempre na frente de sua órbita. O hemisfério frontal
possui uma aparência amarelada, enquanto o outro hemisfério parece ter algum
tipo de material vermelho espalhado por ele
Os dados dos
espectroscópios referentes ao lado avermelhado tem causado debate na comunidade
científica por 15 anos. Alguns pensam que Io, outra lua de Júpiter, tenha
espirrado enxofre vulcânico de sua atmosfera, e que o forte campo magnético de
Júpiter tenha enviado parte do enxofre para aquele hemisfério de Europa.
Os dados
enviados por Galileo não eram claros o suficiente para determinar a composição
química real do que estava sendo estudado.
Assim, Brown
e Hand decidiram que os mais recentes espectrometros, instalados em telescópios
aqui na Terra, poderiam melhorar a leitura dos dados pertencentes à Europa.
Finalmente os dados mostraram que mesmo o hemisfério frontal de Europa contém
significantes quantidades de gelo sem água. Então, nas baixas latitudes
do hemisfério de trás, que é a área que tem a maior concentração de material
gelado sem água, eles encontraram uma pequena queda no espectro que nunca
haviam detectado antes.
“Agora
temos o melhor espectro desta coisa“, diz Brown. “Ninguém sabia que
havia uma pequena queda no espectro porque ninguém tinha a resolução suficiente
para ampliar isso antes“.
Assim, Brown
diz acreditar que a composição do mar em Europa se parece muito com o oceano
salgado da Terra. “Se você puder nadar no oceano de Europa e sentí-lo em sua
boca, ele teria o gosto de água salgada normal“, ele diz.
O trabalho
científico foi aceito para publicação no Astronomical Journal.
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Fonte: www.dailygalaxy.com
Colaboraçao: Marcos Santos
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