Antibióticos
já não são capazes de combater doenças
© Flickr.com/Destinys Agent/CC-BY-NC
As
potencialidades dos antibióticos estão esgotadas: os vírus tornam-se cada vez
mais resistentes e os métodos de tratamento habituais já não são eficazes. Os
cientistas alertam que, se não forem descobertos novos remédios, o mundo
poderá se deparar com uma catástrofe global.
Atualmente,
pesquisadores de todo o mundo estão desenvolvendo novas modificações de
antibióticos, tentando reforçar seu efeito. Mas, por enquanto, estas tentativas
não têm tido sucesso. As bactérias já aprenderem a adaptar-se a tudo, diz
Nikolai Bespalov, perito em farmacologia:
“Qualquer
microrganismo desenvolve com o passar do tempo uma certa resistência em relação
a antibióticos e quaisquer outras substâncias que influenciam sua vitalidade.
Por isso, no processo de adaptação, alguns microrganismos produzem substâncias
que destroem os antibióticos. Em tempos, a penicilina foi largamente aplicada,
salvando muitas vidas – foi o primeiro antibiótico no mundo, que hoje não se
utiliza mais, porque se tornou ineficaz”.
Contudo, não
são apenas as bactérias a adaptarem-se a novas condições. A imunidade humana
também está ganhando maior resistência em relação a infeções e vírus. Este
processo, denominado como guerra entre o mundo dos humanos e o mundo das
bactérias, continua há biliões de anos. Agora a humanidade está vencendo esta
guerra, mas não se pode excluir que algumas doenças esquecidas há muito possam
voltar sob uma nova forma, destaca Nikolai Bespalov:
“É provável
que estas doenças voltem, porque as pessoas mortas pela peste eram enterradas
em tempos em cemitérios especiais. Após os anos 90, na Rússia e em outros
países do mundo estes cemitérios deixaram de ser vigiados. Foram lavrados,
inundados e destruídos. É provável que os micróbios possam aparecer novamente e
propagar-se. Para além disso, estas estirpes são guardadas em laboratórios e
não se exclui que, em resultado de um erro, de um atentado terrorista ou por
outras causas elas possam encontrar-se em liberdade”.
Ao mesmo
tempo, não se deve esquecer que as pessoas aprenderam também a curar a maioria
de doenças perigosas. Por exemplo, para se defender da peste ou da varíola,
cuja reincidência é prognosticada por alguns cientistas, é necessário introduzir
novamente uma vacinação obrigatória, afirma Elena Volskaya, perita em mercado
farmacológico:
“A peste e a
varíola são as doenças que podem ser combatidas pelas vacinas e não pelos
antibióticos. Se os pais concordarem com a vacinação dos seus filhos, será
excluída em cem por cento a possibilidade de estas doenças reaparecerem”.
Mas as
vacinas podem proteger apenas contra as doenças conhecidas. Para desenvolver
uma vacina contra novos vírus, são necessários grandes meios e anos de
pesquisas clínicas. Como destacam peritos da Voz da Rússia, muito depende
também da própria pessoa. É necessário reforçar sua própria imunidade. Por
outro lado, com o aparecimento de primeiros sintomas da doença, é necessário
dirigir-se obrigatoriamente a um médico: até as enfermidades mais perigosas
podem ser tratadas eficazmente na etapa inicial.
Fonte:
http://portuguese.ruvr.ru/2013_03_06/Antibioticos-ja-nao-sao-capazes-de-combater-doencas/
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