Coreia
do Sul e EUA iniciam exercício militar; norte-coreanos cortam comunicação
Soldado
sul-coreano senta em tanque durante exercício militar conjunto entre tropas de
seu país e dos Estados Unidos em Paju, nas proximidades da fronteira com a
Coreia do Norte
Foto: AP
A Coreia do Sul e os Estados Unidos iniciaram o exercício militar anual "Key Resolve", apesar das ameaças da Coreia do Norte, que prometeu começar uma "guerra sem quartel" e anunciou que anularia o armistício da Guerra da Coreia (1950-1953). Os norte-coreanos teriam, inclusive, desligado a linha direta de emergência que mantinham com os vizinhos do sul. “Tentamos fazer ligações e não obtivemos respostas”, afirmou um oficial do governo sul coreano, segundo a agência Reuters, lembrando que os testes da linha são feitos diariamente.
Este
exercício, que coincide com o "Foal Eagle" iniciado no último dia 1º
pelos aliados, mobiliza cerca de 10 mil soldados sul-coreanos e 3,5 mil
americanos, que vão fazer uma manobra durante 10 dias em diferentes cenários de
combate na península através de simulações, informou à Agência EFE um
porta-voz da Defesa de Seul.
O "Key
Resolve", liderado pelo Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS),
também servirá, segundo Seul e Washington, para assentar as bases para que a
Coreia do Sul retome o comando operacional do exército em 2015, atualmente nas
mãos dos EUA.
As forças de
defesa da Coreia do Sul "elevaram seu alerta e vigiam de perto a Coreia do
Norte" pelo temor de alguma "provocação", garantiu o porta-voz
do Ministério sul-coreano.
Este ano as
manobras estiveram envolvidas em um clima de tensão, após a Coreia do Norte ter
ameaçado com o início de uma "guerra sem quartel", como resposta ao
exercício dos aliados, que considera um ensaio da invasão de seu país.
Em um
editorial do jornal oficial do regime "Rodong Sinmun", Pyongyang
afirmou que seus soldados "aguardam a ordem final para atacar", suas
armas nucleares estão "prontas para o combate" e o país é capaz de
transformar os EUA e a Coreia do Sul "em um mar de fogo".
Tais
expressões, que representam uma versão mais dura da habitual retórica
norte-coreana, seguem o mesmo tom da ameaça formulada na sexta-feira passada
pelo Estado comunista, que prometeu romper com o cessar-fogo de seis décadas
com Seul precisamente nesta segunda, o dia do início do exercício "Key
Resolve".
A afirmação
da Coreia do Norte aconteceu um dia depois de o Conselho de Segurança da ONU
ter aprovado por unanimidade na quinta-feira a resolução 2094, que amplia as
sanções ao regime de Kim Jong-un por conta do teste nuclear do dia 12 de
fevereiro, o terceiro do país após 2006 e 2009.
Os EUA
mantêm 28,5 mil efetivos na Coreia do Sul para defender seu aliado diante de um
hipotético ataque da Coreia do Norte, já que os dois países permanecem
tecnicamente em guerra, pois a Guerra da Coreia terminou com um armistício que
até hoje não foi substituído por um acordo de paz definitivo.
Fonte:
http://noticias.terra.com.br/mundo/asia/coreia-do-sul-e-eua-iniciam-exercicio-militar-norte-coreanos-cortam-comunicacao,c50f07f71255d310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
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