Biofísico
russo criou coração natural
© Flickr.com/Crossett Library Bennington College/cc-by-nc-sa 3.0
Um novo
sucesso alcançado na área de medicina será capaz de salvar milhões de vidas
humanas.
O cientista
russo Konstantin Agladze ajudou biólogos nipônicos a criar, com base em
células-tronco, um tecido natural do coração humano. Trata-se, pois, de um
passo de enorme importância no domínio de transplantação de órgãos e da ciência
farmacêutica, pelo que os órgãos bio-artificiais ajudam ainda a testar novos
medicamentos.
O músculo
cardíaco (miocárdio) se forma por etapas. Primeiro, as células se aglomeram em
pequenos núcleos separados pulsantes que, em seguida, sem ação externa, se
encontram, reunindo-se num tecido único.
Há já 5 anos
que os cientistas da Universidade de Quioto se ocupam de criação de órgãos
humanos. Quatro projetos estão sendo dirigidos pelo professor catedrático russo
Konstantin Agladze, chefe do laboratório de nano-construção de complexos de
proteína junto do centro científico Nanofísica, aliado ao Instituto de Física
de Moscou.
As
células-tronco (estaminais) induzidas serviram de base para o material
genético. As células-mãe compõem o embrião em fase inicial de crescimento do
organismo, sendo elas os elementos antecedentes de todos os órgãos do corpo
humano.
A incógnita
está em saber as condições em que o mecanismo de formação de tecidos
"despoleta". Os cientistas guiados pelo professor russo acabaram de
descobrir uma substância química, capaz de pôr em ação o mecanismo de
transformação. Assim, em cada centena de proto-células induzidas, oitenta se
tornam células do coração.
A
temperatura ideal para armazenar as células constitui 37ºC, mas para se
convencer de que o tecido se mantém vivo, este tem que ser examinado através de
microscópio eletrônico. Com a ampliação em milhões de vezes, pode-se ver o
tecido reduzindo-se.
Todavia, o
músculo do coração funciona sem a ação de quaisquer estímulos externos: 50-70
batidas por minuto. Os tecidos do coração, passado apenas um mês depois de
terem sido produzidos a partir de células-tronco, começam a bater.
Paulatinamente, estas últimas se reúnem, formando o tecido do miocárdio.
No dizer de
Konstantin Agladze, o tecido cardíaco construído dessa maneira, poderá vir a
ser utilizado em dois casos. Primeiro, quando for necessário experimentar novos
preparados médicos. Segundo, será possível implantar tais células no coração do
doente.
No que se
refere à criação de tecidos artificiais para transplante, isto vai levar uns
3-4 anos. É evidente que tal tecnologia ajudará a salvar milhões de vidas
humanas.
fonte;http://portuguese.ruvr.ru/2013_03_13/biofisico-russo-criou-coracao-natural/
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