A
misteriosa operação Prato: o caso Roswell Brasileiro
Durante a 1º Fase do Fenômeno, a Gurupi, não houve um
maior interesse ou preocupação por parte das autoridades nacionais em relação
aos casos de Chupa-chupa. Em um documento oficial da Força Aérea Brasileira,
recentemente liberado temos logo no início uma explicação sobre a demora em
tomar providencias a respeito destes fatos:
“No
litoral paraense vive uma população subnutrida, de reduzido grau de instrução,
e sobretudo mística. As estórias que se contam, de fatos que se passam no meio
dessa gente, seriam dignas de figurar em qualquer folclore. Em razão disso, não
foi dada maior atenção ao fato“.
Foi somente
com a Segunda Fase, com ocorrências mais intensas, maior pânico da população local,
entre outros problemas, é que a Força Aérea Brasileira resolveu agir de fato. O
ofício enviado pelo prefeito de Vigia de Nazaré, ao 1º Comando Aéreo Regional
(I COMAR), e solicitações semelhantes de outras cidades foram o estopim para o
surgimento de uma operação especial que tinha como missão descobrir a natureza
destes casos, acalmar e instruir a população local em relação aos fatos. Ela
foi criada pelo Brigadeiro Protázio Lopes de Oliveira, na época comandante do
destacamento, no começo do mês de setembro de 1977. Para compor a operação
foram destacados oficiais do Serviço de Inteligência (a chamada Segunda
Seção).
A primeira
tarefa dos militares seria avaliar a situação para elaborar um relatório
completo sobre o que estava ocorrendo. Deveriam manter sigilo sobre a Operação
e aprofundar ao máximo as investigações.
Poucos dias
depois a equipe chegou a Colares e apresentou-se ao Prefeito local, ao padre
Alfredo de Lá O, e à Diretora da Unidade de Saúde, Dra Wellaide.
Sem saber o
que encontrar durante a investigação, os militares montaram uma base de
operações na Praia do Humaitá, na esperança de registrar o aparecimento do
fenômeno. A equipe montou baterias antiaéreas em pontos estratégicos e ficou à
espera. Durante o dia aproveitava o tempo para entrevistar vítimas e
testemunhas e visitar locais onde os casos.
Logo no
início eles se dividiram em duas equipes que se posicionaram em locais com mais
casos registrados. Já nas primeiras noites de vigília, uma equipe conseguiu
fotografar um objeto luminoso que evoluía sobre a região. Eles puderam calcular
a altitude em torno de 3 mil metros e a velocidade em torno de 30 mil Km/h.
Este objeto era bem diferente de satélites e meteoritos que também foram
observados na ocasião. A outra equipe, situada em outro local também avistou o
objeto. Tudo o que acontecia era anotado em relatórios rigorosos, indicando
data, horário, local, nomes de testemunhas e descrição dos fatos. Quando haviam
registros fotográficos era geralmente anotado nome do autor da fotografia e descrição
do equipamento utilizado, bem como as condições no momento do registro. Estas
experiências iniciais foram consideradas inconclusivas pelos militares. Os
dados obtidos não foram significativos e a foto, depois de revelada, não
permitiu confirmar os relatos dos moradores locais. Eles logo retornaram à
Belém, para a sede do I COMAR, e evitaram comentar suas experiências por lá,
com medo de cair no ridículo perante seus colegas. Tudo isso foi registrado em
seus relatórios iniciais, que contavam também com depoimentos da Dra. Wellaide
Cescin de Carvalho e do padre de Colares, Alfredo de La Ó.
Os militares
tiveram muito trabalho durante sua permanência na região. Seja entrevistando
vitimas e testemunhas, seja com atividades de orientação à população local através
de palestras informativas ou através de vigílias ou deslocamentos à áreas onde
os casos ocorreram. Através dos relatórios oficiais podemos ter uma clara noção
da intensa atividade em que os militares da Operação Prato estiveram
envolvidos. No período entre 20 e 31 de outubro de 1977, período inicial da
Operação, ainda sem a chefia do então Capitão Hollanda, os caso de avistamento
eram raros. A maioria das atividades concentraram-se em documentar o fenômeno e
seus efeitos sobre a população.
Em 20 de outubro,
a Equipe de militares, saiu de Belém, por volta das 14:00 horas e dirigiu-se
para Santo Antonio do Tauá, onde coletaram depoimentos de vítimas do fenômeno.
Dali seguiram para as proximidades do quilômetro 12 da Rodovia Belém – Vigia,
onde coletaram novos depoimentos, seguindo ainda no mesmo dia para a vila de
Espírito Santo do Tauá onde três militares estavam em vigília no local. Por
volta das 22:30 o grupo retornou à Santo Antônio do Tauá onde manteve vigília
por mais algum tempo.
O dia 21 de
outubro transcorreu sem normalidades. Na parte da manhã, a equipe voltou à
Rodovia Belém-Vigia para entrevistar testemunhas do fenômeno que moravam na
região. Após isso retornaram para Belém, reportando ao Chefe do A2, que ordenou
que seguissem na mesma noite para Santo Antonio do Ubintuba onde realizaram
vigília por algumas horas.
No dia
seguinte, 22 de outubro, pela manhã, seguiram para a localidade de Trombetas
onde coletaram depoimentos de vitimas e testemunhas do fenômeno. Após isso
seguiram para Vila Nova do Ubintuba onde entrevistaram moradores que também
haviam sido vitimas do Chupa-chupa. Neste mesmo dia, por volta das 19 horas a
equipe testemunhou a evolução de várias luzes com diferentes trajetórias
sobrevoando a direção. Estes avistamentos não foram muito significativos e não
foram fotografados pela equipe. Por volta das 20 horas ocorreu novo
avistamento, desta vez de um objeto luminoso, voando num altitude mais baixa,
em aproximadamente 1200 metros a uma velocidade variável. O resto da noite foi
sem qualquer anormalidade e a equipe retornou à Belém no dia seguinte pela
manhã, reportando ao Chefe da 2ª Seção EM-1.
No dia
seguinte, 24 de outubro, a equipe retornou à Santo Antônio do Tauá e
entrevistou moradores da Colônia São Brás. À noite, os militares seguiram para
Colares, chegando por volta de 20:15 horas. Depois de contatar autoridades do
município eles coletaram depoimentos de várias pessoas que foram vítimas do
fenômeno. Após conversar com os moradores, eles realizaram uma vigília,
observando, pouco depois das 4 horas da manhã de 25 de outubro, três luzes
deslocando-se em pontos diferentes do firmamento. Ao longo daquele dia não
houve nada significativo.
No dia
seguinte, 26 de outubro, os militares transportaram médicos até a cidade de
Santo Antônio do Ubintuba, afim de tratar vítimas do fenômeno. Após retornar à
Colares a equipe colocou-se de vigília. Moradores de áreas afastadas começaram
a relatar a presença de luzes sobrevoando as árvores e pouco depois, por volta
das 22:15 hs uma senhora, Neuza Pereira Aragão, foi atendida pela equipe
médica. As luzes continuaram sendo observadas até por volta da meia noite,
quando outra senhora, Maria Beatriz Leal Ferreira, foi atendida pelos médicos.
Por volta das 4 horas da manhã ocorreu novo avistamento nas proximidades de
Colares e após isso nada mais foi observado na região.
Após uma
pausa nas atividades, a equipe voltou à Colares no dia 29 de outubro. A noite
foram observados alguns satélites, e um OVNI luminoso foi observado por alguns
moradores na região de Colares. No dia seguinte, novamente alguns moradores
observaram um objeto luminoso em uma praia próxima.
Durante as
atividades dos militares em Colares formou-se um vinculo com a população local.
A presença dos militares trouxe um alento aos moradores das áreas afetadas. Em
várias ocasiões os militares apresentaram palestras sobre temas relacionados à
exploração espacial. Paralelamente à isso, os militares instruíam os moradores
a não atirar contra tais objetos pois eles não estariam ali para fazer mal. Uma
destas apresentações ocorreu na noite de 30 de outubro. Aquela noite foi
relativamente calma, não havendo registros de ataques na localidade. No começo
da noite do dia 31 ocorreram novos avistamentos na orla marítima. Mais tarde,
pescadores relataram aos militares, terem observado um estranho objeto no mar.
Nessa fase
inicial da Operação, os casos de avistamento por parte dos militares eram em
geral envolvendo luzes à distância que não podiam ser explicadas a partir de
fenômenos naturais, aeronaves convencionais, satélites ou corpos celestes.
Geralmente quando ocorriam estes eventos, no relatório era citada sua provável
origem. Quando o fenômeno observado era de fato não identificado, era descrito
minuciosamente no relatório que era acompanhado de um croqui feito sobre mapa
da região, indicando trajetória e outros detalhes importantes. Alguns destes
croquis já estão disponíveis publicamente nos documentos já disponibilizados ao
público.
Algumas
Páginas dos relatórios da Operação Prato
|
A partir de
Novembro, os casos testemunhados pelos militares aumentaram em quantidade e na
qualidade da experiência. Nesta fase, já sob chefia do então Capitão Uyrangê
Hollanda, ocorreram os mais impressionantes casos envolvendo os militares da
Operação Prato.
O primeiro
avistamento significativo do capitão Hollanda ocorreu em princípios de novembro
de 1977. A equipe estava investigando ocorrências na Baía do Sol, onde montaram
um acampamento temporário. Até esse momento, Hollanda era cético em relação aos
fatos envolvendo o chupa-chupa. À noite uma luz intensa surgiu, vindo do norte,
posicionou-se sobre o acampamento, circundou-o e desapareceu no horizonte. A
partir deste evento, Hollanda reconheceu que algo muito sério estava ocorrendo
na região. Todavia, este não foi o avistamento mais impressionante.
Pouco tempo
depois dos eventos na Baía do Sol, um rapaz armou uma armadilha para caçar uma
paca às margens do Rio Jari. Ele armou um acampamento encima de uma arvore e
ficou à espera. Durante a noite, surgiu um objeto intensamente iluminado que
posicionou-se acima do acampamento. Do objeto abriu-se uma escotilha e por ela
saiu um estranho ser que, através de um facho de luz, desceu flutuando, de
braços aberto. Assustado o rapaz deixou a rede onde estava deitado e se
escondeu no mato. O estranho ser dirigiu-se até a rede onde o caçador estivera,
e com um feixe de luz que saía da palma de sua mão iluminou o local, examinando
a rede. Repentinamente o estranho ser dirigiu-se diretamente para onde o rapaz
estava escondido. Assustado o rapaz fugiu correndo para o barco ancorado no
rio, onde haviam dois colegas. Eles se esconderam e observaram o objeto se
aproximar do barco, posicionando-se sobre ele. Do objeto saiu o mesmo ser que
começou a examinar o que havia a bordo. Os três amigos assustados, permaneceram
escondidos em meio à plantas aquáticas até que o objeto foi embora. No dia
seguinte, o caso chegou ao conhecimento do Capitão Hollanda que foi com uma
equipe até o local.
Durante a
vigília naquela noite eles observaram um grande objeto, com forma semelhante à
de uma bola de futebol americano, que bailou a frente do grupo por algum tempo.
Todo o episódio foi fotografado e documentado pelos militares, sendo que tal
material até o momento não foi liberado.
A Operação, embora estivesse atingindo os objetivos e até
mesmo interagindo com o Fenômeno Chupa-chupa, foi abruptamente encerrada depois
de quatro meses de atividades. O material resultante da Operação foi
inicialmente guardada no 1º COMAR e depois transferida para Brasília onde
possivelmente está até hoje.
* * *
“O Caso Roswell Brasileiro“, onde mostra uma série de depoimentos de pessoas envolvidas no caso.
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Arquivos Extraterrestres – O Caso Roswell Brasileiro -
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