Água
Na Lua
Na imagem,
uma suposta cidade selenita.
Enquanto os
midia muito falam da possibilidade de existência de água em Marte, cientistas
têm encontrado evidências de H2O e na Lua. Materiais colhidos na remotíssima
missão Apollo dos anos de 1970 até hoje proporcionam revelações como essa. Uma
nova análise de vidro vulcânico mostrou que as rochas continham moléculas de
água. Esse resultado modifica completamente a concepção tradicional de uma Lua absolutamente
seca.
A descoberta
sugere que houve água no satélite da Terra quando foram formados seixos,
durante erupções lunares, cerca de 3,6 bilhões de anos passados. Alberto Saal,
da Brown University, Rhode Island, que integra a equipe de pesquisa [de água na
Lua], comenta: "Muitos acreditaram que a Lua é e foi seca. Traços de água
ali foram procurados durante 40 anos, sem resultado. A pesquisa de água na Lua
estava desacreditada".
Todavia,
mais uma vez a ciência revê seus conceitos à luz das novas tecnologias de
análise de rochas às quais foram submetidas amostras obtidas na missão Apollo
15, em 1971 e 1972. Na rochas forjadas nas erupções foram achados Hidrogênio,
Cloro e Flúor. Essa combinação de elementos indica que a água era proveniente
de dentro da Lua, e não "recebida" de fonte externa, como um cometa.
A quantidade
de hidrogênio nos seixos [fragmentos de rocha] permitiu calcular que o magma
lunar continha 260 em 745 partes de água, composição semelhante à encontrada na
"manta superior" da Terra. A descoberta ganha em importância quando
se considera a possibilidade de instalação de uma base no satélite. além disso,
vestígios de água na Lua obriga a revisão de uma teoria muito aceita sobre a
origem da Lua, que seria o fragmento produzido por uma colisão entre a Terra e
um planeta errante. O choque lançou ao espaço adjacente fragmentos de ambos os
astros; um destes fragmentos, capturado pela órbita da Terra, e cujas altas
temperaturas geradas no impacto secaram qualquer água, seria a Lua, um disco de
prata árido e morto.
Enquanto
isso, meio silenciosamente, um nova febre lunar parece se espalhar entre
governos importantes deste mundo. A NASA tem projetos de retomar as missões em
2020 e planeja instalar uma base em um dos pólos da Lua; ainda este ano, está
previsto o lançamento do Lunar Reconnaissance Orbiter. A República Popular da
China não esconde seu empenho em investir na exploração lunar com seu programa
Chang'e, inaugurado com sucesso em 2007, com o lançamento da nave Chang'e I. A
Índia, trabalha com missões não tripuladas, como a Chandrayaan I, em fevereiro
deste ao [2008] à qual deverão se seguir Chandrayaan II, em 2010 e 1011, esta
última equipada com robô de exploração. Finalmente, a Rússia anuncia o
Luna-Glob, nave não tripulada que poderá alunissar e orbitar o satélite...
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