Rolos (de
manuscritos), tabuletas e outros artefatos incluindo
um vaso
de incenso foram encontrados no mesmo local (acima).
ISRAEL/JORDÂNIA
– Há sete anos
atrás (em 2006) um beduíno descobriu ocultos, em uma caverna da Jordânia, um
conjunto de estranhos livros. Este beduíno, já instruído sobre o valor daquele
tipo de "velharia", manuscritos, escondidos em cavernas do oriente
Médio, logo achou comprador para as relíquias: outro beduíno, este, israelense
que contrabandeou o material para seu país natal: Israel; e lá o tesouro
histórico permanece até hoje.
Ao que tudo
indica, os israelenses, muito reservados com os assuntos da tradição religiosa,
nunca permitiram que a descoberta destes livros fosse tão alardeada quanto
foram as descobertas dos manuscritos de Nag-Hamadi (1945) e do Mar Morto
(1947-1956).
Mas o fato é
que no passado, o lugar, aquela caverna tinha abrigado cristãos refugiados da
queda de Jerusalém, em 70 d.C. São 70 livros. Suas páginas, pouco maiores que
um cartão de crédito, são feitas de chumbo e encadernadas com arame (fios de
cobre) e sem dúvida seu conteúdo relaciona-se com os primórdios do
Cristianismo.
Estão
repletos de símbolos, imagens e palavras que parecem referir-se ao Messias, sua
crucificação e ressurreição. Por causa de sua austera confecção, posto que
parecem ter sido selados, especula-se que os 70 livros poderiam ter relação com
o livro dos sete selos mencionado no Apocalipse de João. No caso, cada livro
seria um selo.
Testes
preliminares determinaram que o metal pertence ao seculo I d.C.. Outros
documentos importantes do mesmo período foram encontrados no mesmo local. A
estimativa é baseada na análise do grau e modo de corrosão. Se a data estiver
correta,Os Evangelhos de Chumbo são anteriores aos escritos
de Paulo, o apóstolo tardio.
A
expectativa é de este achado possa revelar dados sobre a real biografia de
Jesus. Todavia, os peritos são cautelosos porque falsificações refinadas já
enganaram cientistas antes. O estudioso britânico de Historia religiosa antiga
e arqueologia, David Elkingtom, um dos poucos que examinou os livros, acha que
é grande a possibilidade de serem autênticos: A grande descoberta da
História cristã.

Em meio ao
mistério, a própria trajetória dos livros, entre sua descoberta e
disponibilização para estudos científicos é incerta. A equipe inglesa que
trabalha na investigação sobre a descoberta teme que o "guardião" dos
livros, radicado em Israel, seja tentado a vender algumas das peças no mercado
negro ou, ainda, que possa danificá-los ou destruí-los. Mas o guardião não
nomeado nega qualquer risco e afirma que os códices de chumbo estão com
sua família a 100 anos!
No entanto,
os estudiosos nem começaram a vislumbrar as revelações dos 70 livros e eis que
emerge uma querela sobre seu paradeiro, o lugar exato e data de sua descoberta
e sua pátria de direito. Supondo que estejam em Israel ou sob sua custódia,
ocorre que o governo da Jordânia está negociando nas altas esferas para
repatriar as peças.
FONTE: MACRAE, Fiona. Could this be the
biggest find since the Dead Sea Scrolls? Seventy metal books found in cave in
Jordan could change our view of Biblical history. IN Daily Mail/UK,
publicado em 30/03/2011
[http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-1371290/Could-biggest-Dead-Sea-Scrolls-70-metal-books-cave-Jordan-change-view-Biblical-history.html]
Nenhum comentário:
Postar um comentário