Um mural
em Aksum, típico, cujo tema pode ser visto em outros murais em toda a Etiópia,
representa o encontro da rainha Sheba com o rei Salomão. FOTO: Paul Raffaele.
ETIÓPIA/UK. Uma pesquisa, publicada no American
Journal of Human Genetics -Genetics, also sheds light on human migration -
que trata da migração na África há 60 mil anos, revelou que a população etíope
apresenta claras evidências de miscigenação com povos egípcios, sírios e
israelitas.
A evidência
fóssil mostra que, entre os muitos sítios arqueo-antropológicos do mundo, a
Etiópia destaca-se como um dos lugares onde foram - e são - encontradas
informações sobre a História da Humanidade ocidental que podem ser rastreadas
mais remotamente, resgatando os tempos mais antigos. Entretanto, até hoje
(2012), pouco se sabe sobre o perfil genético dos Etíopes.
As pesquisas
genéticas sobre materiais fósseis humanos, além de dados sobre a evolução
biológica daespécie humana, fornecem dados preciosos de natureza Histórica.
Genetics,
also sheds light on human migration (a pesquisa) levou à fundamentação científica que apoia
o relato bíblico sobre a rainha Sheba ou Rainha de Sabá, (como mais conhecida
em língua portuguesa).
Nesta
investigação, o código genético de mais de 200 indivíduos pertencentes a 10
tipos humanos etíopes e mais dois procedentes de outros países africanos foram
analisados. Cerca de um milhão de caracteres genéticos de cada genoma foram
analisados.
O professor
Chris Tyler-Smith, do Wellcome Trust Sanger Institute, em Cambridge - UK,
explicou à BBC:
A
genética pode dizer muito sobre os eventos históricos. Ao analisar a genética
da Etiópia e várias outras regiões próximas constatamos que houve um fluxo
gênico para a Etiópia (chegada ou introdução de diferentes tipos humanos não-nativos),provavelmente
vindos do Levante (Oriente Médio) cerca de 3 mil anos
atrás; e isso se encaixa perfeitamente com a história da rainha Sheba.
Outro
pesquisador, Luca Pagani, também do Wellcome Trust Sanger Institute,
acrescentou: A evidência genética apoia a lenda da rainha Sheba.
Sarah
Tishcoff, do Department of Genetics and Biology da University of Pennsylvania,
comentou: A Etiópia é uma região onde existe grande diversidade
cultural e lingüística mas, até agora, pouco é conhecido sobre esta
diversidade, especialmente em termos genéticos. Este estudo elucida muito sobre
a História da Antigüidade dessa região que tem um importante papel para o
conhecimento de eventos remotos da migração humana.
FONTE: BRIGGS, Helen. DNA clues to
Queen of Sheba tale.
BBC/english,
publicado em 21/06/2012.
[http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-18526428]
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