ETIÓPIA. Em fevereiro, arqueólogos
britânicos descobriram uma fabulosa quantidade de ouro. Muito além da riqueza,
o achado revela um mistério bíblico e histórico: onde estavam ocultos os
tesouros da famosa rainha de Sabá (ou Sheba). Segundo a Sagrada escritura
judaica (o chamado Antigo Testamento), o território do reino de Sheba englobava
a região onde, atualmente localizam-se o Etiópia e Iêmen.
Conta a
lenda, que a rainha, impressionada com as histórias correntes sobre o rei de
Israel, empreendeu uma longa viagem a fim de conhecer o monarca, considerado o
mais sábio do homens sobre a Terra: Salomão. Isso aconteceu a cerca de 3 mil
anos atrás. Seguindo o costume da época, a rainha levou valiosos presentes para
o rei, entre eles, uma enorme quanridade de ouro: 4 toneladas e meia.
Recentemente,
uma mina do precioso metal foi descoberta juntamente com as ruínas de um templo
e um local que foi campo de batalha, no planalto de Gheralta, norte da Etiópia,
local que fazia parte do territótio da rainha na Antiguidade.
Louise
Schofield, arqueóloga
A arqueóloga
e ex-curadora do museu britânico, chefe da expedição, Louise Schofield (foto
acima) comentou: Uma das coisas que sempre amei na Arqueologia é sua
associação com lendas e mitos. A descoberta das minas da rainha Sheba é
extraordinária.
O primeiro
indício da existência da mina foi o achado de uma estela,
uma laje de pedra onde estavam espidas figuras de um sol e uma lua crescente,
uma espécie de cartão de apresentação das terras de Sabá. A estela também
continha uma inscrição no arcaico idioma dos sabeus, a língua falada no reino
da mítica soberana.
Nas
proximidades, em um monte, foram encontrados, ossadas, partes de colunas e
canais de pedra finalmente esculpidos. Eram parte do templo que, ao que tudo
indica, era dedicado a uma divindade lunar, típica do reino de Sheba
Embora
moradores da região, mesmo nos dias atuais, ainda façam mineração de ouro em um
rio, eles jamais imaginaram que estavam tão próximos das minas legendárias. Na
entrada da mina, um crânio humano proporciona macabra recepção.
Sheba foi um
reino poderoso. Mantinha relações comerciais com Jerusalém e com o Império
romano. São famosos os incesos produzidos pelo povo de Sheba. Sua rainha foi
imortalizada nas páginas daBíblia e do Alcorão onde sua visita a Salomão é
relatada com destaque. Ali são mencionados elementos como a grande comitiva que
acompanhou a governante, seus camelos carregados de especiarias e, além do
ouro, pedras preciosas.
A aparência
da rainha é desconhecida em seus detalhes mas certamente não era uma mulher de
pele clara. Foi retratada pela imaginação dos artistas medievais bem como pelos
turcos e persas. Sua história é conhecida em toda a África e nos países árabes.
Na etiópia, sua trajetória está registrada na Bíblia copta denominada Kebra
Negast.
Entre os
episódios de sua vida, um dos mais conhecidos e polêmicos é sua relação amorosa
com o rei Salomão, um caso que começou justamente durante a histórica visita da
rainha a Israel. O rei Sábio, ela teria um filho, chamado Menelik, nome que
significa"filho do Sábio". Seus descendentes teriam se
tornado os reis de uma dinastia da Abissínia
FONTE: ALBERGE, Dalya. Archaeologists
strike gold in quest to find Queen of Sheba's wealth.
IN
Guardian/UK, publicado em 12/02/2011.
[http://www.guardian.co.uk/science/2012/feb/12/archaeologists-and-quest-for-sheba-goldmines]
[http://www.guardian.co.uk/science/2012/feb/12/archaeologists-and-quest-for-sheba-goldmines]
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