Oposição
fala em 1.300 mortos; Síria nega uso de armas químicas
Presidente
francês quer que ONU inspecione local de ataque em Damasco.
Ativistas disseram que foguetes com agentes químicos atingiram subúrbios.
Ativistas disseram que foguetes com agentes químicos atingiram subúrbios.
image;AP (http://horizontenews.blogspot.com.br/)
Uma
proeminente figura da oposição daSíria disse
nesta quarta-feira (21) que 1.300 pessoas, muitas delas civis, mulheres e
crianças, morreram em um ataque das forças do governo Assad, com suposto uso de
armas químicas, em um subúrbio de Damasco, capital do país em guerra civil há
dois anos.
Em
entrevista em Istambul, George Sabra, líder da Coalizão Nacional de oposição,
afirmou que essa chacina representa um golpe de misericórdia nas esperanças de
achar uma solução política para o conflito na Síria.
"O
regime tripudia da ONU e das grandes potências quando ataca perto de Damasco
com armas químicas, no momento em que a comissão de investigação internacional
se encontra a poucos passos de distância", acrescentou.
Menino recebe cuidados e respira com a ajuda de uma máscara
de oxigênio em Damasco após ataque de forças do governo (Foto: Maher
al-Zaybaq/Shaam News Network/Reuters)
Se
confirmado, o ataque seria o pior relato de uso de armas químicas nos dois anos
de guerra civil.
Imagens,
entre elas algumas tiradas por fotógrafos da agência de notícias Reuters e outras
postadas por ativistas, mostram dezenas de corpos, incluindo de
crianças pequenas, alinhados no chão de uma clínica médica, sem sinais visíveis
de ferimentos. A Reuters não conseguiu verificar independentemente a causa das
mortes.
Um vídeo
supostamente feito no bairro Kafr Batna mostra uma sala cheia com mais de 90
corpos, muitos deles crianças e algumas mulheres e homens idosos. Os corpos
pareciam cinzentos ou pálidos, mas sem ferimentos visíveis.
Outras
imagens mostram médicos tratando pessoas em clínicas improvisadas. Um vídeo mostra
os corpos de uma dúzia de pessoas no chão de uma clínica, sem ferimentos
visíveis. O narrador no vídeo disse que eram todos membros de uma única
família. Em um corredor do lado de fora estavam mais cinco corpos.
O comando
militar sírio negou as informações de uso de armas químicas do misterioso
arsenal sírio, dizendo que eram sinais de "histeria". A
negativa veio por meio de um anuncio na TV estatal. O ministro da Informação,
Omran Zoabi, disse que as alegaçoes eram "ilógicas e fabricadas". A
televisão estatal também disse que as acusações tinham a intenção de distrair
uma equipe de especialistas em armas químicas da Organização das Nações Unidas
que chegou há três dias.
O presidente
da França, François Hollande, pediu que os inspetores das Nações Unidas visitem
o local do suposto ataque. "Sentimos muito quanto à informação vinda da
Síria; o presidente pede que a ONU vá ao local", disse uma porta-voz do
governo em um relatório semanal.
A Rússia,
aliada do governo do contestado presidente Bashar al-Assad, disse que a
denúncia pode ser uma "provocação" e exigiu uma investigação.
Ativistas
disseram que foguetes com agentes químicos atingiram os subúrbios de Damasco de
Ain Tarma, Zamalka e Jobar durante intenso bombardeio na madrugada pelas forças
do governo.
Uma
enfermeira de um complexo emergencial, Bayan Baker, disse que o número de
mortos, entre os recolhidos a partir de centros médicos nos subúrbios a leste
de Damasco, foi de pelo menos 213. Ativistas disseram que muitas centenas foram
mortos.
"Muitas
das vítimas são mulheres e crianças. Eles chegaram com suas pupilas dilatadas,
membros frios e espuma na boca. Os médicos dizem que estes são sintomas típicos
de vítimas de gás nervosos", disse a enfermeira.
A
Grã-Bretanha disse que estava profundamente preocupada e iria levantar a
questão no Conselho de Segurança da ONU, acrescentando que os ataques seriam
"uma escalada chocante" da situação caso confirmado.
Um longo
vídeo amador e fotografias apareceram na Internet. Um vídeo supostamente feito
no bairro Kafr Batna mostra uma sala cheia com mais de 90 corpos, muitos deles
crianças e algumas mulheres e homens idosos. A maioria dos corpos pareciam
cinzentos ou pálidos, mas sem ferimentos visíveis. Cerca de uma dúzia estavam
embrulhados em cobertores.
Outras
imagens mostram médicos tratando pessoas em clínicas improvisadas. Um vídeo
mostra os corpos de uma dúzia de pessoas deitadas no chão de uma clínica, sem
ferimentos visíveis. O narrador no vídeo disse que eram todos membros de uma
única família. Em um corredor do lado de fora estavam mais cinco corpos.
O chefe da
Coalizão Nacional Síria, de oposição, disse que as forças de Assad haviam
realizado um massacre: "Esta é uma oportunidade para (os inspetores da
ONU) verem com seus próprios olhos este massacre e sabemos que este regime é
criminoso", disse Ahmed Jarba.
A Síria é um
dos poucos países que não fazem parte do tratado internacional que proíbe armas
químicas, e as nações ocidentais acreditam que tenham reservas não declaradas
de gás mostarda, sarin e agentes nervosos.
fonte;http://g1.globo.com/revolta-arabe/noticia/2013/08/oposicao-fala-em-1300-mortos-siria-nega-uso-de-armas-quimicas.html
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