OCULTISMO/PAÍS
BASCO. Poucos
reparam nela, um monumento modesto, um cruz de pedra esculpida ladeada por
cipestres, datada entre os séculos XVII e XVIII (anos de 1600 e 1700).
Originalmente
instalada no cemitério de Bidasoarra (ou Bidasoa), em 1842, foi transferida
para a área externa da Igreja de São Vicente de Hendaye, na Place de La
Republique, em frente à Câmara Municipal.
*
HENDAYE. Comuna francesa da região administrativa da Aquitânia, região
fronteiriça entre Espanha e França.
A base do
monumento contém misteriosas inscrições que foram decifradas pelo não menos
misterioso alquimista francês Fulcanelli (1839-1923), autor de O
Mistério das Catedrais entre outras obras ocultistas. Segundo
Fulcanelli a mensagem aos pés da cruz indicam a data do Fim de um Tempo e esta
data é... coicidentemente 21 de dezembro de 2012.
Sobre a
cruz, Fulcanelli escreveu, em O Mistério das Catedrais (1926): Os
ornamentos (os símbolos) no pedestal cruz são milenares e primitivos, os mais
raros que já encontrei. O obscuro artesão dessas imagens possuía uma ciência
profunda, um conhecimento real de cosmografia.
É no
penúltimo capítulo daquele livro que Fulcanelli descreve a cruz de Hendaye e
seus esforços para traduzir o simbolismo criptografado que anuncia o fim de um
Tempo. O tema foi retomado no fim do século passado por dois pesquisadores
norte-americanos, Jay Weidner e Vincent Bridge no livro Os Mistérios da
Grande Cruz de Hendaye, 1999.
SIMBOLISMOS
A base da
cruz, retangular, contêm inscrições em suas quatro faces. Uma deslas mostra um
sol com um rosto humano cercado por 16 raios que lembram a representação solar
típica dos Incas.
O número 16,
nas cartas do Taro, considerado um livro ocultista codificado, corresponde à
figura da Casa de Deus, considerada a pior lâmina do conjunto, indicativa de
desastres e mortes, cuja ilustração mostra uma torre desmoronando matando cujas
pedras atingem dois personagens.
Em outra
face aparece uma lua minguante com rosto humano. No Taro, a carta da Lua
minguante, lâmina 18, representa ilusões, doenças, feitiços. Reduzida a um
dígito, é o número 9, O Ermitão, indicando uma solidão necessária para a
reflexão, figurada por um velho envolto em um manto carregando uma lâmpada em
uma das mãos enquanto a outra oculta um livro, a Sabedoria proibida aos
profanos.
Um terceiro
lado ostenta uma única estrela com oito pontas. O número oito entre seus muitos
signignificados, é um símbolo chamado Leminiscato, representando a serpente que
morde a própria cauda ou os infinitos ciclos de renovação do Universo. No Taro,
é personificado pela balança da Justiça.
A quarta
parte da mensagem é um círculo ovalado dividido em quatro partes. Em cada uma
uma dessas partes aparece a letra A que Fulcanelli interpretou como
representativas das quatro idades da Humanidade: Idade do Ouro, quando as
pessoas viviam em harmonia com a Natureza; a Idade de Prata, quando o Homem
caiu na senda do sofrimento, entre trabalhos penosos e uma vida cheia de
temores; a Idade do Bronze, marcada pela ferocidade mútua entre os Homens e se
especilizaram em matar-se mutuamente; e, finalmente, a Idade doo Ferro (na
Doutrina Secreta budista - o Kali Yuga atual) uma época marcada por todo tipo
de violência: guerras, dominação, ganância, embrutecimento do espírito.
A CRUZ É
A ÚNICA ESPERANÇA
Para
Fulcanelli as inscrições da cruz de Hendaye indicam um alinhamento entre sol,
lua e estrelas (sendo que os ocultistas antigos chamavam planetas de estrelas e
vice-versa em sua linguagem cifrada) que anunciam o fim de um Ciclo (ou
Idade).
Escrevem Weidner
e Bridge: Seu simbolismo revela um tempo de destruição ao longo de
20 anos antes do Equinócio de outono de 2012, quando o alinhamento planetário e
solar formarão uma cruz em ângulos retos.
O auge dessa
formação ou sua completude deverá ocorrer no solstício de inverno de 2012,
concluem os pesquisadores a partir de complexos cálculos astronômicos.
As
inscrições são complementadas com uma frase em latim, gravada no braço
horizontal da cruz, no alto da coluna. A frase foi escrita de modo estranho, como
se fosse um anagrama: O crux ave spes unica (A cruz é a única esperança).
Porém, no monumento de Hendaye as palavras estão agrupadas em dois blocos:
OCRUXAVES e PESUNICA. Fulcanelli acreditava que esse erro foi proposital e
esconde várias chaves de significado.
No reverso
deste braço horizontal está escrito: INRI, que poderia ser facilmente entendido
como referência ao Cristo Jesus (Iesus Nazarenus Rex Iuedorum) mas, para
Fulcanelli esse anagrama tem outro significado: Natura Renovatur Igne
Integra ou seja - (A) Natureza Renova-se Integralmente no (pelo) Fogo.
FONTES:
La cruz
que anuncia el fin del mundo.
NOTICIAS DE
GIPUZKOA/PAÍS BASCO, publicado em 16/12/2012.
[http://www.noticiasdegipuzkoa.com/2012/12/16/sociedad/euskadi/la-cruz-que-anuncia-el-fin-del-mundo]
La Cruz
de Hendaye.
EL ULTIMO
CODICE, PUblicado em 30/06/2009.
[http://goaraya.blogspot.com.br/2009/06/la-cruz-de-hendaye.html]
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