Regras de
segurança cibernética
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O centro
de Cooperação de Defesa Cibernética da OTAN de Tallin, Estônia (Ccdcoe)
elaborou o primeiro manual no mundo de Direito Internacional aplicado à Guerra
Cibernética: The Tallinn Manual on the International Law Applicable to
Cyber Warfare. O documento já atraiu atenção de estruturas oficiais russas.
Não é por
acaso que o Manual de Tallinn tenha este nome. Em 2008, na capital da Estônia,
foi constituído o Ccdcoe com o objetivo principal de prestar assistência à OTAN
na solução de problemas técnicos, jurídicos e políticos, ligados à condução de
guerras eletrônicas.
Quanto ao
próprio documento, ele contém 95 regras ligadas à regularização de conflitos no
espaço cibernético. Assim, na opinião dos autores do projeto, um Estado pode
responder a ataques, atraindo à responsabilidade da agressão ou aplicando
“contramedidas proporcionais”.
Está
proposto considerar tal agressão como “ataques armados”, causa pela qual o
Estado agredido pode recorrer à autodefesa, inclusive com a utilização de armas
convencionais.
Ao mesmo
tempo, o Estado-agressor deve ser chamado à responsabilidade, mesmo se atacar
com a ajuda de intermediários de outros países.
Destaque-se
que a espionagem cibernética, roubos e ataques eletrônicos aos sites, que não
provoquem prejuízos ao nível estatal, não podem ser considerados como ataques
armados.
Os autores
do documento consideram que os ataques cibernéticos possam ser equiparados a
armas químicas, biológicas e radiológicas pela força de ação.
Conforme
destaca a revista Kommersant-Vlast, o Manual de Tallinn refere algaritmos de
ações de países e de alianças militares no caso de ataques cibernéticos de
envergadura. Os autores do documento dão a entender que não há necessidade de
elaborar novas leis no caso de guerras cibernéticas, sendo suficiente aplicar
normas jurídicas internacionais já existentes. Isso contraria radicalemente a
posição de não apenas da Rússia, mas também de alguns outros Estados.
Neste
contexto, a Rússia propõe dedicar-se a problemas importantes nessa esfera tais
como a defesa contra ataques de hackers,a violação dos direitos de autor, etc.
O novo documento da OTAN sobre guerras cibernéticas já atraiu
atenção de várias entidades russas, inclusive o MRE, o Ministério da Defesa e
estruturas de segurança, porque, na opinião de especialistas, o Manual de
Tallinn permite aos países da OTAN desencadear guerras cibernéticas.
Ao mesmo
tempo, analistas consideram pouco provável que os representantes dos países da
OTAN vão operar imediatamente em conformidade com o Manual de Tallinn. Em
qualquer caso, a intenção dos presidentes da Rússia e dos Estados Unidos,
Vladimir Putin e Barack Obama, de assinar no quadro do próximo encontro em
junho uma série de acordos intergovernamentais sobre as medidas de confiança no
espaço cibernético testemunha a vontade de chegar a compromissos nessa esfera.
Liubov Kurianova
fonte: http://portuguese.ruvr.ru/2013_05_29/regras-de-seguranca-cibernetica-9391/
fonte: http://portuguese.ruvr.ru/2013_05_29/regras-de-seguranca-cibernetica-9391/
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