Médicos russos conseguem ver interior do cérebro em atividade
© Flickr.com/Andrew Mason/cc-by
Os médicos russos poderão agora estudar o cérebro humano com o recurso a
campos eletromagnéticos. Esse método poderá ajudar a tratar doenças como a
epilepsia e a doença de Parkinson.
O Centro de
Estudos Neurocognitivos da Universidade de Psicologia Pedagógica de Moscou é um
laboratório único na Europa de Leste. É um espaço pequeno que tem no seu centro
um sistema de aparelhos de diagnóstico com o nome de código
"capacete". A pessoa se senta numa cadeira, coloca o
"capacete" na cabeça e o operador "vê" literalmente no seu
computador o que se passa na sua cabeça.
O vídeo na
tela do computador parece a transmissão de uma espaçonave. Só que quem lá
trabalha não são cosmonautas, mas sim psicólogos investigadores. De resto, a
sua missão não é por isso menos importante. Eles procuram a localização de
patologias que provocam diversas doenças psíquicas e neurológicas. As
profundezas do cérebro são estudadas com a ajuda de um aparelho de eletroencefalograma
especial, refere a diretora do Centro de Estudos Neurocognitivos da
Universidade de Psicologia Pedagógica de Moscou Tatiana Stroganova:
"O
aparelho mede a atividade magnética das células do cérebro. Quanto as células
estão a trabalhar, elas geram à sua volta um campo elétrico".
O aparelho
de encefalograma eletromagnético funciona por analogia com o aparelho de TAC
(tomografia axial computadorizada), mas tem diferenças significativas. O TAC
submete o cérebro à ação de um campo magnético, enquanto o aparelho de
eletroencefalograma magnético regista as fracas perturbações do campo magnético
que ocorrem quando o cérebro está a funcionar.
O aparelho
de encefalograma eletromagnético é um aparelho extremamente sensível e, para
que a radiação natural da Terra não influencie o sistema, o aparelho foi
colocado numa câmara blindada especial.
O novo
método de diagnóstico já foi testado em doentes com epilepsia que não reagiam
positivamente à terapêutica com medicamentos. Ou seja, a perspetiva era uma
operação para a remoção da zona do cérebro responsável pelos ataques, explica
Alexandra Koptelova, investigadora do Centro de Estudos Neurocognitivos da
Universidade de Psicologia Pedagógica de Moscou:
"Os
médicos conseguiram ver que o foco da atividade epilética estava localizado em
vários sítios. Se isso não tivesse sido detetado, era possível que depois da
intervenção cirúrgica o paciente não se liberasse desses ataques".
O mesmo método pode detetar a origem de outras doenças graves como
a esquizofrenia, a doença de Alzheimer e o autismo.
Os
cientistas russos pensam que a nova aparelhagem poderá ajudar os
neurofisiologistas, num futuro próximo, a começar a investigar o subconsciente.
fonte: http://portuguese.ruvr.ru/2013_05_24/Um-campo-eletromagn-tico-para-estudar-o-c-rebro/
fonte: http://portuguese.ruvr.ru/2013_05_24/Um-campo-eletromagn-tico-para-estudar-o-c-rebro/
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