terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Cidade coberta de espuma


Cidade é coberta por espuma

Os moradores de Mooloolaba, na costa leste da Austrália, amanheceram e encontraram a cidade coberta de espuma.


Muitos aproveitaram para fazer fotos em meio à espuma (BBC)
O mau tempo que atingiu a região com muitas chuvas e vento forte levou espuma do mar para a praia.
A partir daí, a espuma invadiu a cidade chegando a atingir três metros de altura, fechando ruas e quase alcançando os sinais de trânsito.
Centenas de pessoas tiveram que ser retiradas de suas casas na cidade, por causa da passagem do ciclone tropical Oswald pelo Estado australiano de Queensland.

Fonte; BBC

O Espírito da Morte Súbita


O Espírito da Morte Súbita

BATIBAT. Filipinas, espírito demoníaco morador das árvores.

Os sonhos são um enigma psiquiátrico. Apesar do avanço da ciência sobre as funções do sono, os sonhos, sua lógica e sua relação com a memória continuam sendo um mistério.

Atualmente, não se sabe muito mais do que sabiam os Sumérios que, na Mesopotâmia Antiga, começaram a narrar seus sonhos há cinco mil anos atrás.

Os relatos de sonhos, seu teor, seus significados continuam fugindo à sistematização da Ciência. Os sonhos parecem, vividamente, ser muitas coisas: um processamento aparentemente caótico das experiências e percepções vivenciadas em estado de vigília. Uma mistura de presente, passado, desejo e repulsa; de conhecidos estranhos.

Alguns ocultistas consideram o sono sem sonhos um estado bendito de inconsciência reparadora. Reflete a mente despreocupada. É o chamado Sono dos Primeiros Atlantes.

Os sonhos seriam, portanto, um distúrbio próprio da mente sobrecarregada de preocupações, medos, expectativas e frustrações.

Alguns sonhos são tão intensamente reais que o sonhador acredita estar vivendo, para o bem e para o mal, uma determinada situação. O sentimento de realidade é tão forte que manifesta-se no corpo físico. Eis porque muitas pessoas falam dormindo, riem, choram, resmungam, gritam ou gopeiam o ar. A interação do sonhador com o sonho torna-se uma experiência verdadeira. 

Quando o sonho envolve a iminência de morte do sonhador ou a química do extremo medo, como a queda em um abismo, em geral, entra em ação um mecanismo de defesa orgânico: a mente acorda antes que o corpo venha a reagir como se estivesse, de fato, sujeito à queda fatal. 

Porque morrer sonhando pode resultar em morte real por um colapso do sistema nervoso ou seja, o susto mata a vítima. O natural é acordar antes mas por razões que a ciência não explica, casos mais ou menos raros de morte súbita durante o sono, cujas vítimas são homens jovens e saudáveis, acontecem todos os anos.

Os médicos acreditam que o distúrbio envolve ritmos cardíacos irregulares e fibrilação ventricular mas as vítimas não têm doença prévia nem problemas estruturais no coração.

A causa da Síndrome da Morte Súbita Inesperada Noturna e os fatores de risco eventualmente significativos nas ocorrências são um mistério para a medicina. Na Tailândia, 230 casos desse tipo de morte, vitimando homens jovens e sadios ocorreram em um período de oito anos.

Nas Filipinas, a Síndrome - ali conhecida como bagungot, manifesta-se mais gravemente: mata 43 homens a cada 100 mil homens por ano.

A tradição popular atribui essas mortes aos ataques de um agente sobrenatural: osbatibats, espíritos demoníacos moradores das árvores. Quando uma árvore é cortada o demônio vai junto com a madeira e poderá assombrar uma casa ou um poste feito dessa madeira. 

Ao se tornar visível, geralmente toma a forma de uma mulher adulta e gorda. Ela age prioritariamente contra os homens, sentando-se sobre o peito de suas vítimas, sufocando-as até a morte.

No Laos, para o povo Hmong, o espírito maligno associado a esse tipo de morte é chamado tsuam dab, também lá, tem a forma de uma mulher. Para evitá-la, os homens disfarçam-se de mulher vestindo roupas femininas quando vão dormir na tentativa de confundir o espírito.

Essa idéia do espírito maléfico que mata sufocando as pessoas durante o sono parece ser uma crença universal. No Brasil existem ao menos duas versões dessa entidade: a versão indígena pós-catequese, Jurupari e a colonial-rural Pisadeira.


Sobre esse tipo de espírito do pesadelo, escreve Câmara Cascudo* :

Pisadeira. É o pesadelo, personificado em uma velha ou um velho. É a nocturna oppressio romana, a opressão noturna [atribuida à intervenção] maléfica de um íncubo, demônio ou espírito perverso. 

Para quase todos os povos o pesadelo era causado por um gigante ou um anão, um mulher ou um homem horrendos que, aproveitando o sono, sentava-se sobre o estômago do adormecido e oprimia-lhe o tórax, dificultando a respiração.

[Antes da colonização os indígenas brasileiros acreditararam que o pesadelo era] ...uma velha que os visitava com seu cortejo de agonias indizíveis. Chamavam-lhe os tupis Kerepiiua. [Durante a colonização, no processo de catequese, os jesuítas deram a Jurupari o papel de espírito do mau, demônio da noite]. 

* CAMARA CASCUDO, Luis da. Dicionário do Folclore Brasileiro, p 521. São Paulo: Global, 2001.

FONTE: Stranger Than Fiction: A Real "Dream Killer" Claims Scores of Lives Every Year.
REEL-Z, publicado em 29/01/2012.
[Stranger Than Fiction: A Real "Dream Killer" Claims Scores of Lives Every Year ]

Tragédia de Santa Maria


Tragédia de Santa Maria é o 2º maior incêndio do País; relembre
Segundo relatos das autoridades locais, a maior parte das vítimas morreu por sufocamento
Velório das vítimas de Santa MariaFoto: Terra
Com um saldo parcial de pelo menos 233 mortos e mais de 100 feridos, a tragédia da boate Kiss, em Santa Maria (RS), já é considerado o segundo maior incêndio da história do Brasil. O desastre supera o incêndio do Edifício Joelma, em São Paulo, e perde em número de vítimas apenas para a tragédia do Gran Circus Norte-Americano, em Niterói (RJ).
O incidente da madrugada deste domingo ocorreu durante uma festa universitária na boate Kiss, no centro de Santa Maria, município localizado na região central do Rio Grande do Sul. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo teve início às 2h30, enquanto centenas de pessoas assistiam à apresentação de uma banda.
Segundo relatos das autoridades locais, a maior parte das vítimas morreu por sufocamento. Um segurança que trabalhava no local no momento do incêndio afirmou que muitas pessoas foram pisoteadas. "Na hora que o fogo começou, foi um desespero para tentar sair pela única porta de entrada e saída da boate e muita gente foi pisoteada. Todos quiseram sair ao mesmo tempo e muita gente morreu tentando sair", contou.
Incêndio no Edifício Joelma chocou o País
A tragédia de Santa Maria supera, em número de vítimas, o incêndio do Edifício Joelma, em São Paulo, que deixou 187 mortos em 1974. No dia 1º de fevereiro daquele ano, o Brasil assistiu horrorizado às imagens de pessoas que, no desespero diante da impossibilidade de serem resgatadas, decidiram se atirar de janelas do prédio de 25 andares.
Inaugurado três anos antes, o edifício ardeu em chamas após um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado do 12º andar. A presença de material inflamável permitiu que o incêndio se alastrasse rapidamente pelos demais pavimentos. Em poucos minutos, os ocupantes do prédio comercial ficaram impossibilitados de acessar as escadarias, que foram bloqueadas pelo fogo e pela fumaça densa. Dos mais de 750 ocupantes do edifício, 187 morreram e mais de 300 ficaram feridos.
Tragédia do Gran Circus deixou mais de 500 mortos
O maior incêndio do País, porém, ocorreu no dia 17 de dezembro de 1961, durante a apresentação do Gran Circus Norte-Americano em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Mais de 3 mil pessoas lotavam a grande tenda de espetáculos quando o fogo teve início. Em poucos minutos, todo o teto de parafina derreteu sobre o público. Em meio ao pânico generalizado, dezenas de pessoas foram pisoteadas pela multidão e por uma elefanta do circo, que fugiam em direção ao lado de fora.
A escalada do número de vítimas - inicialmente, foram contabilizados 300 mortos, posteriormente ampliados para 400 até chegar ao número oficial de 503 - provocou comoção mundial, e diversos países, como Argentina e Estados Unidos, além do Vaticano, contribuíram com o envio de equipes médicas e insumos para o tratamento das vítimas.
Apesar de diversos relatos de precariedade das instalações, a responsabilidade pelo incêndio recaiu sobre um ex-funcionário do circo que havia sido demitido após dois dias de trabalho na montagem da estrutura. Supostamente sofrendo de distúrbios mentais, Adílson Marcelino Alves, o Dequinha, teria arquitetado a vingança de atear fogo ao negócio de seu ex-empregador com a ajuda dos amigos José dos Santos, o Pardal, e Walter Rosa dos Santos, o Bigode.
Em outubro de 1962, Dequinha foi condenado a 16 anos de prisão com seis anos de internação em manicômio judiciário, Bigode foi condenado a 16 anos com um ano em colônia agrícola e Pardal, sentenciado a 14 anos de prisão com dois anos em colônia agrícola. Menos de um mês após fugir da prisão, em 1973, Dequinha acabou assassinado.
Tragédias se repetem em todo o mundo
O incêndio na boate Kiss também é uma das maiores tragédias recentes em todo o mundo. Um caso emblemático ocorreu no dia 30 de dezembro de 2004, em Buenos Aires, capital da Argentina, quando 193 pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas em um incêndio na discoteca República Cromañón. As chamas teriam começado quando fogos de artifício lançados pelo público atingiram o teto. As saídas de emergência estavam fechadas, e o acidente motivou o governo a endurecer as regras de segurança das boates.
O maior incêndio em casa noturna que se tem notícia no mundo ocorreu em 28 de novembro de 1942, na boate Cocoanut Grove, em Boston, nos Estados Unidos, que tirou a vida de 491 pessoas. No dia 27 de dezembro de 2000, um incêndio em uma discoteca de Luoyang, na China, matou outras 320 pessoas. Mais recentemente, em 2009, 156 pessoas morreram e outras 10 ficaram feridas no incêndio de um clube noturno em Perm, na Rússia, também causado por fogos de artifício.















































Fonte; Terra

domingo, 20 de janeiro de 2013

Asteroide 'pode colidir com a Terra em 2014' , alertam cientistas

Asteroide 'pode colidir com a Terra em 2014' , alertam cientistas

http://irmavania.blogspot.com.br/2011/05/asteroide-pode-colidir-com-terra-em.html

Asteroide 'pode colidir com a Terra em 2014' 

BBC

A agência britânica responsável pelo monitoramento de asteroides potencialmente perigosos para a Terra revelou que existe a possibilidade de que um deles colida com o planeta em 2014.

De acordo com o Centro de Monitoramento de Objetos próximos à Terra, astrônomos dos Estados Unidos descobriram um grande asteroide que estaria se aproximando rapidamente.

Os astrônomos já sabem até a data do possível impacto do asteroide com a Terra: 21 de março de 2014.

O asteróide denominado 2003 QQ47 é dez vezes menor que o meteoro que, acredita-se, levou à morte dos dinossauros há 65 milhões de anos.

De acordo com o Centro de Monitoramento de Objetos próximos à Terra, a agência britânica responsável pelo monitoramento de asteróides potencialmente perigosos para o nosso planeta, a possibilidade de colisão é relativamente pequena - de 1 para 909 mil -, mas existe. Conforme o site da BBC Brasil, o asteróide se aproxima da Terra a uma velocidade de cerca de 32 quilômetros por segundo e teria capacidade para devastar um continente inteiro.

A órbita do corpo celeste foi calculada com base em 51 observações feitas desde sua descoberta, pelos cientistas do Lincoln Near Earth Asteroid Research Program (LINEAR) de Socorro (Novo México). Embora classificado como um "objeto que merece acompanhamento cuidadoso", os especialistas acham que a possibilidade de um choque do asteróide com a Terra diminuirá à medida em que as observações se multiplicarem e os cálculos se tornarem mais precisos. "Existem incertezas sobre sua trajetória", explicou o dr. Alan Fitzsimmons, do Centro de Informação britânico sobre Objetos Próximos da Terra (Near Earth Object, NEO). "O Centro continuará verificando os resultados das observações e analisando a evolução do asteróide", afirmou, mais cauteloso, Kevin Yates, um dos responsáveis pelo NEO.

Fontes:BBC,

http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2003/09/262398.shtml
http://irmavania.blogspot.com.br/2011/05/asteroide-pode-colidir-com-terra-em.html

Ártico: degelo recorde põe cientistas em 'território desconhecido'

Degelo recorde põe cientistas em 'território desconhecido'

Navio do Greenpeace registra o degelo recorde no Ártico durante uma expedição no começo do mês

Foto: Danile Beltra/EFE

O gelo marinho do Ártico atingiu sua menor extensão do ano, estabelecendo um novo recorde de menor cobertura durante o verão (no hemisfério norte) desde que dados de satélite começaram a ser coletados, e, 1979. A extensão em 2012 caiu para 3,41 milhões de km² - 50% menor que a média entre 1979 e 2000.

Há tempo o gelo marinho do Ártico é considerado um indicador das mudanças climáticas. Cientistas que vem analisando o surpreendente degelo acreditam que ele é parte de uma mudança fundamental.

"Nós estamos agora em território desconhecido", disse Mark Serreze, diretor do Centro Nacional de Neve e Gelo (NSIDC, na sigla em inglês) no Estado americano do Colorado.

"Ao mesmo tempo em que já sabíamos que, à medida que o planeta se aquece, mudanças serão vistas primeiro e mais pronunciadamente no Ártico, poucos entre nós estavam preparados para a rapidez com que essas mudanças iriam ocorrer."

Cobertura fina

O recorde deste ano encerra um verão de baixa cobertura de gelo no Ártico. Em 26 de agosto, a extensão de gelo marinho caiu para 4,10 milhões de km², quebrando o recorde de baixa anterior, estabelecido em 18 de setembro de 2007, de 4,17 milhões de km².

Em, 4 de setembro deste ano, caiu abaixo de 4 milhões de km², outro recorde nos 33 anos em que dados de satélite são coletados. "O forte declínio no final da estação mostra como a cobertura de gelo está fina", disse o cientista Walt Meier, do NSIDC. "O gelo precisa estar muito fino para continuar derretendo a medida que o sol se vai e o outono se aproxima."

Cientistas dizem que estão observando mudanças fundamentais na cobertura de gelo marinho. O Ártico costumava ser dominado por gelo de várias camadas, que sobrevivia ao longo de muitos anos.

Mais recentemente, a região tem sido caracterizada por uma cobertura de gelo sazonal, e grandes áreas estão agora inclinadas a derreter completamente no verão.

Declínio dramático

A extensão do gelo marinho é definida como a área total coberta por pelo menos 15% de gelo, e varia de ano para ano, por causa de variações no clima. No entanto, a extensão de gelo tem mostrado um dramático declínio geral nos últimos 30 anos.

Um estudo de 2011 publicado na revista científica Nature usou núcleos de gelo e sedimentos lacustres para reconstruir a extensão de gelo marinho no Ártico ao longo dos últimos 1.450 anos. Os resultados sugerem que a duração e a magnitude do atual declínio pode não ter precedentes nesse período.

A cientista Julienne Stroeve, do NSIDC, está a bordo de um navio do Greenpeace em Svalbard, na Noruega, que acaba de retornar de uma expedição de pesquisa para avaliar o derretimento na região.

Ela disse que o novo recorde sugere que o Ártico "talvez tenha entrado em uma nova era climática, na qual a combinação de gelo mais fino com ar e temperaturas dos oceanos mais quentes resultam em mais perda de gelo a cada verão".

"A perda de gelo marinho no verão levou a um aquecimento incomum da atmosfera do Ártico, que por sua vez tem impacto nos padrões de clima no hemisfério norte, o que pode resultar em condições climáticas extremas constantes, como secas, ondas de calor e enchentes", diz Stroeve.

Consequências

O pesquisador Poul Christoffersen, da Universidade de Cambridge, disse à BBC: "nós sabemos muito pouco sobre as consequências de reduções drásticas no gelo marinho". "A maioria dos modelos de projeções incluem um declínio menos rápido", afirma.

Entre as possíveis consequências em grande escala da redução de gelo marinho, ele cita mudanças nos padrões de ventos e nas correntes oceânicas. Se a atual tendência de derretimento durante os meses de verão continuar, alguns apontam que, além de enormes desafios, também haverá oportunidades. Alguns navios já estão economizando tempo ao navegar por uma rota antes intransitável ao norte da Rússia.

Companhias de petróleo, gás e mineração estão brigando para explorar o Ártico - apesar de sofrerem forte oposição de ambientalistas. Essas companhias sofrem forte oposição de grupos ambientalistas


Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6167020-EI19408,00-Artico+degelo+recorde+poe+cientistas+em+territorio+desconhecido.html

Cientistas alertam para riscos de degelo recorde no Ártico


Cientistas alertam para riscos de degelo recorde no Ártico



O Ártico perdeu mais gelo marinho neste ano do que em qualquer outro período desde que registros por satélite começaram a ser feitos, em 1979, segundo a Nasa (a agência espacial americana). Cientistas que calculam as perdas afirmam que isso é parte de uma mudança fundamental.

Além disso, o gelo marinho geralmente atinge seu ponto mais baixo em setembro, então acredita-se que o derretimento deste ano vá continuar. Segundo a Nasa, a extensão de gelo marinho caiu de 4,17 milhões de km² em 18 de setembro de 2007 para 4,10 milhões de km² em 26 de agosto de 2012.

A cobertura de gelo marinho aumenta durante o frio dos invernos no Ártico e encolhe quando as temperaturas voltam a subir. Mas, nas últimas três décadas, satélites observaram um declínio de 13% por década no período de verão.

A espessura do gelo marinho também vem diminuindo. Sendo assim, no total o volume de gelo caiu muito - apesar de as estimativas sobre os números reais variarem.

Joey Comiso, o principal pesquisador no Goddard Space Flight Center da Nasa, disse que o recuo deste ano foi causado pelo fato do calor de anos anteriores ter reduzido o gelo perene - que é mais resistente ao derretimento.

"Diferentemente de 2007, as temperaturas altas no Ártico neste verão não foram fora do comum. Mas nós estamos perdendo o componente espesso da cobertura de gelo", disse Comiso. "Assim, o gelo no verão fica muito vulnerável."

"'Morte inevitável"
Segundo Walt Meier, do National Snow and Ice Data Center, que colabora nas medições da cobertura de gelo, "no contexto do que aconteceu nos últimos anos e ao longo dos registros de satélite, isso é um indicativo de que a cobertura de gelo marinho do Ártico está mudando fundamentalmente".

O professor Peter Wadhams, da Universidade de Cambridge, disse que "diversos cientistas que trabalham com medição de gelo marinho previram alguns anos atrás que o recuo iria se acelerar e que o verão Ártico se tornaria livre de gelo em 2015 ou 2016".

A previsão, na época considerada alarmista, agora está se tornando realidade, diz ele. E o gelo ficou tão fino que irá inevitavelmente desaparecer.

"Medições de submarinos mostraram que (a região) perdeu pelo menos 40% de sua espessura desde os anos 1980. Isso significa uma inevitável morte para a cobertura de gelo, porque o recuo de verão é agora acelerado pelo fato de que enormes áreas de água aberta permitem que tempestades gerem grandes ondas, as quais quebram o gelo restante e aceleram seu derretimento", afirmou.

"As implicações são graves: a maior área de água aberta reduz o albedo médio (refletividade) do planeta, acelerando o aquecimento global; e nós também estamos vendo a água aberta causar derretimento do permafrost (solo composto por terra, gelo e rochas congelados), liberando grandes quantidades de metano, um poderoso gás causador do efeito estufa", disse.

Ameaças e oportunidadesAs opiniões variam sobre a data da morte do gelo marinho de verão, mas as notícias mais recentes causam pessimismo. Um recente estudo da Universidade de Reading, na Grã-Bretanha, usou técnicas estatísticas e computadores para estimar que entre 5% e 30% da perda recente de gelo se deve à Oscilação Multidecadal do Atlântico - um ciclo natural do clima que se repete a cada 65 a 80 anos. Está em uma fase quente desde meados dos anos 1970.

Mas o restante do aquecimento, estima o estudo, é causado pela atividade humana - poluição e desmatamento de florestas. Se o gelo continuar a desaparecer no verão, haverá oportunidades, assim como ameaças. Alguns navios já estão economizando tempo ao navegar por uma rota antes intransitável ao norte da Rússia.

Companhias de petróleo, gás e mineração estão brigando para explorar o Ártico - apesar de sofrerem forte oposição de ambientalistas. O Greenpeace tem protestado contra exploração pela gigante russa Gazprom.

Entre as muitas ameaças, o aquecimento é ruim para a vida selvagem do Ártico. Graças à influência do gelo marinho nas correntes de jato, as mudanças podem afetar o clima na Grã-Bretanha.

As mudanças - caso ocorram - poderiam abrir depósitos congelados de metano que iriam aquecer ainda mais o planeta. Oceanos mais quentes podem levar a um maior derretimento da cobertura de gelo da Groenlândia, o que contribuiria para a elevação do nível do mar e para mudanças na salinidade do mar, que por sua vez poderiam alterar as correntes oceânicas que ajudam a controlar nosso clima.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6107732-EI19408,00-Cientistas+alertam+para+riscos+de+degelo+recorde+no+Artico.html

Degelo no Ártico ameaça vida de ursos polares

Degelo no Ártico ameaça vida de ursos polares, alertam russos


O crescente degelo do Ártico, provocado pelo aquecimento global, ameaça a sobrevivência dos ursos polares, advertiu neste domingo o Centro Hidrometeorológico da Rússia (CHR). Segundo os dados recolhidos pelas estações científicas, a massa total dos gelos árticos sofreu uma redução de 55% em comparação com a média registrada nos anos 80 e 90. "Este processo afeta, inclusive, as camadas de gelo mais antigas e mais grossas", apontam os especialistas russos.

"Além de problemas evidentes, como o aumento do nível dos oceanos, o crescente degelo traz consigo outro perigo: a redução da população de ursos polares", afirma o CHR. Atualmente, a população desta espécie está estimada entre 20 mil e 25 mil.

Em sua nota, o CHR também destaca que os cientistas possuem opiniões diferentes sobre as perspectivas de sobrevivência do urso polar. Para alguns especialistas, se o homem não assumir o controle da situação, o degelo do Ártico deverá desencadear a extinção do urso branco em pouco tempo.

No entanto, outros preveem que a formação de uma espécie de "oásis de gelo" próximo da Groenlândia evitará a extinção dos ursos brancos.

Em ambos os casos, acrescenta o CHR, as consequências da mudança climática nas regiões polares devem superar qualquer previsão e desencadear impactantes transformações globais, incluindo nas espécies animais.


Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5571103-EI8145,00-Degelo+no+Artico+ameaca+vida+de+ursos+polares+alertam+russos.html

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