Supervulcão de Yellowstone é 2,5 vezes maior que se
pensava, diz estudo
Rebecca Morelle
Repórter de Ciência da BBC
Atualizado em 12 de dezembro, 2013 - 12:40
(Brasília) 14:40 GMT
fonte;AFP
Lagos de água quente são provas da magma quente que está
abaixo da superfície em Yellowstone
Um "supervulcão" que está abaixo do solo no
Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, é muito maior do que se
pensava inicialmente, segundo um estudo.
A pesquisa mostra que a câmera de magma é 2,5 vezes maior do
que o apontado por um levantamento anterior. A caverna teria 90 quilômetros de
largura e algo entre 2 e 15 quilômetros de altura, com 200 a 600 quilômetros
cúbicos de rocha fundida.
Os dados foram apresentados durante um encontro da Sociedade
Americana de Geofísica, de São Francisco.
"Nós estamos trabalhando lá há muito tempo, e sempre
pensamos que ele poderia ser maior. Mas esta descoberta é estarrecedora",
diz Bob Smith, pesquisador da Universidade de Utah.
Caso o supervulcão de Yellowstone entrasse em erupção, as
consequências poderiam ser catastróficas. Na última vez que isso aconteceu – há
640 mil anos –, ele espalhou cinzas por todo o continente da América do Norte,
afetando o clima do planeta.
Próxima erupção
Os cientistas acreditam que, com o novo estudo, passam a ter
informações mais precisas sobre o supervulcão.
Eles usaram uma rede de sismógrafos espalhados pelo Parque
Nacional para tentar mapear o conteúdo da câmera de magma.
"Nós registramos terremotos no Yellowstone e arredores
e medimos as ondas sísmicas na medida em que passam pelo solo. As ondas viajam
mais lentamente por material quente e fundido. Assim conseguimos medir o que
está abaixo do solo", diz o pesquisador Jamie Farrell, também da
Universidade de Utah.
Smith explica que apesar de o tamanho ser muito maior do que
o medido em outros estudos, isso não aumenta os riscos para a fauna no Parque
Nacional.
Ele disse também que não há forma de prever quando o
supervulcão voltará a entrar em erupção.
Alguns acreditam que o vulcão deveria entrar em erupção a
cada 700 mil anos, mas Smith acredita que é preciso coletar mais dados para
sustentar essa teoria. Até agora, os cientistas só têm informações sobre três
erupções passadas do supervulcão, ocorridas há 2,1 milhões, 1,3 milhão e 640
mil anos.
É apenas com base nestes registros que eles estimam esse
intervalo de cerca de 700 mil anos entre erupções.
fonte;http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/12/131212_supervulcao_dg.shtml
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