Obama sobre o EI: 'a
única língua que assassinos entendem é a força'
Enquanto
Dilma condena intervenções militares para resolver conflitos,
americano defende ataques contra jihadistas que avançam no Iraque e
na Síria
O
presidente Barack Obama durante discurso na 69ª sessão da
Assembleia Geral da ONU, em Nova York (Mike Segar/Reuters)
O
presidente americano Barack Obama discursou logo depois de Dilma
Rousseff nesta quarta-feira, na Assembleia Geral da ONU e deixou
claro o motivo que levou os Estados Unidos a liderar ataques contra
os terroristas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria. "A
única língua que assassinos entendem é a força", afirmou,
num recado claro aos críticos da ofensiva contra os jihadistas.
Ontem, Dilma Rousseff disse "lamentar enormemente" a
realização dos bombardeios. No discurso de hoje, a presidente
condenou o 'uso da força' e as 'intervenções militares' como forma
de resolver conflitos.
Obama
voltou a ressaltar que os EUA não estão sozinhos na luta contra o
terror e reafirmou que não pretendem enviar tropas para o Oriente
Médio. “Em vez disso, vamos apoiar os iraquianos e os sírios a
lutarem para retomar suas comunidades”. O democrata fez questão de
enfatizar que o atual embate “não se trata de um choque de
civilazações” e afirmou que “o futuro da humanidade depende de
nós nos unirmos contra aqueles que querem nos dividir usando
desculpas como tribos, crenças; raça ou religião”. O presidente
americano também afirmou que o verdadeiro ensinamento do Islã é a
paz e pediu a todos os povos, “especialmente as comunidades
muçulmanas”, que rejeitem a ideologia pregada por grupos como a Al
Qaeda e o EI.
Sobre
a crise na Ucrânia, Obama afirmou que se a Rússia seguir o caminho
da paz e da diplomacia, os Estados Unidos podem retirar as sanções
aplicadas contra cidadãos e empresas do país. O presidente
americano afirmou que as ações da Rússia “desafiam a ordem
mundial” alcançada após o fim da II Guerra Mundial. Também
acusou Moscou de promover "uma visão do mundo em que o poder se
sobrepõe ao direito, um mundo em que as fronteiras de uma nação
podem ser redesenhadas por outra, e as pessoas civilizadas não podem
ser autorizadas a recuperar os restos mortais de seus entes
queridos”. O Kremlin já anexou ilegalmente a Crimeia, península
no sul da Ucrânia e apoia grupos separatistas no leste do país,
onde um avião foi abatido por um míssil, deixando quase 300 mortos.
Acordo
nuclear – No trecho do seu discurso em que mencionou a questão
nuclear, Obama acenou com um futuro livre de armas atômicas e enviou
uma mensagem direta para “o Irã e os iranianos”, afirmando que
eles não podem deixar passar essa “oportunidade histórica” para
um acordo. “Nós podemos chegar a uma solução que atenda às suas
necessidades [do Irã] de energia garantindo ao mundo que seu
programa nuclear é pacífico”. Nesta semana, o regime iraniano
defendeu o fim das sanções contra Teerã em troca da cooperação
do país na luta contra o terrorismo.
Finalmente,
sobre o surto de ebola na África, o presidente americano pediu que
muito mais países assumam compromissos concretos para combater a
doença. Fazendo um mea culpa, Obama admitiu que os países ricos
“não investiram adequadamente na capacidade da saúde pública dos
países em desenvolvimento”.
fonte e créditos;http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/obama-sobre-o-ei-a-unica-lingua-que-assassinos-entendem-e-a-forca
Nenhum comentário:
Postar um comentário