A beleza e os mistérios da Constelação de Órion
A nebulosa Messier 78, a 1.350 anos-luz de distância da
Terra, foi fotografada pelo telescópio MPG/ESO no Observatório La Silla, no
Chile. O local faz parte do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em
inglês). A foto foi divulgada nesta quarta-feira (16) e mostra uma nuvem de
poeira e gás que reflete a radiação ultravioleta de estrelas ao redor. Messier 78
pode ser vista com um telescópio pequeno perto do grupo de estrelas conhecido
no Brasil como Três Marias, na constelação de Órion (Foto: Igor Chekalin / ESO)
Não é de hoje que a constelação de Órion chama a atenção
dos astrônomos – e dos adventistas do sétimo dia. Em maio do ano passado, um
telescópio europeu em órbita encontrou algo inusitado enquanto procurava por
estrelas jovens: um verdadeiro buraco espacial na nebulosa NGC 1999, uma nuvem
brilhante de gás e poeira exatamente na constelação de Órion. Na época,
presumiu-se que um ponto escuro da nuvem era uma bolha mais fria de gás e
poeira, que de tão densa bloquearia a passagem da luz. Mas novas imagens do
observatório Herschel, da Agência Espacial Europeia, mostram que a “bolha”, na
verdade, é um espaço vazio. Isso porque o observatório capta imagens
infravermelhas, o que permite que o telescópio veja além da poeira mais densa e
enxergue os objetos dentro da nebulosa. Mas até mesmo ao Herschel o ponto
estava preto.
A atenção dos adventistas é despertada sempre que ouvem
falar em Órion, e isso se deve a este texto da escritora Ellen White: “Nuvens
negras e densas subiam e chocavam-se entre si. A atmosfera abriu-se e recuou;
pudemos então olhar através do espaço aberto em Órion, donde vinha a voz de Deus.
A santa cidade descerá por aquele espaço aberto” (Primeiros Escritos, p. 41).
Ellen escreveu esse texto em 1851, quando não havia telescópio Hubble (lançado
em 1990), nem Spitzer (2003), nem mesmo o observatório Herschel.
Na década de 1950 (quase vinte anos antes da ida do homem à
Lua), o professor Julio Minham, membro da Associação Brasileira de Astronomia,
escreveu um livro chamado Maravilhas da Ciência que foi publicado pela
Associação Brasileira de Astronomia. Nele, à página 281, Minham constata: “Uma
escritora americana, Ellen G. White, que nada sabia de astronomia e que
provavelmente nunca ouvira falar da Nebulosa de Órion, em um de seus livros
traduzido para o português com o título de Vida e Ensinos, depois de comentar
essa luminosidade escreveu [e ele cita o texto de Ellen White]. Isso dito assim
tão simplesmente por quem nunca olhou um livro de astronomia, nem sonhava com
buracos em parte alguma do céu, só pode ser creditado a dois fatores:
histerismo ou inspiração. Para ser histerismo, parece científica demais a
afirmação de que toda uma cidade, a Nova Jerusalém, tenha livre passagem pelo
túnel de Órion. A escritora não sabia do túnel, nem que ele é tão largo a ponto
de comportar noventa sistemas solares. Terá sido revelado a essa escritora uma
verdade que os astrônomos não puderam descobrir?”
Na verdade, não sei se podemos entender o que ocorre em
Órion como evidência da volta de Jesus. Deus até pode usar isso como “lembrete”
para Seu povo e mais um elemento confirmador da Revelação. Mas devemos atentar
para o fato de que Ellen White afirma que a santa cidade, a Nova Jerusalém, é
que passará pelo espaço aberto em Órion. Pode até ser que Jesus também volte
por ali, mas o evento descrito pela autora parece mais se referir à vinda da
cidade para a Terra no fim do milênio, conforme Apocalipse 21.
fonte;
Michelson Borges
http://www.criacionismo.com.br/2011/02/beleza-e-os-misterios-de-orion.html
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